29 novembro 2009
Um dia nos meus olhos...
07 novembro 2009
Janela da Alma
03 novembro 2009
Apenas achei interessante...
Ou seja: nós enxergamos as cores que são "rejeitadas" pelos objetos, e não o contrário. O tomate não é vermelho porque absorve luz vermelha. Ele é vermelho porque essa é frequência de cor que ele reflete ("rejeita") e que chega até os nossos olhos. Curioso, não é?
As folhas das plantas, por sua vez, gostam de radiação vermelha, que é bem abundante, e de radiação azul, que é mais energética. A luz verde não é nem muito abundante nem muito energética, então não presta para muita coisa e acaba sendo refletida, ou dispensada. Por isso a Amazônia é verde. Se as plantas tivessem evoluído de maneira diferente, e a estrutura molecular da clorofila fosse um pouco diferente, talvez elas refletissem o vermelho em vez do verde, e a Amazônia teria cor de tomate.
A luz visível que chega do Sol e que ilumina a Terra para nós é sempre a mesma: luz branca. Assim esbarramos em um outro contrassenso ilusório: a luz branca parece ser uma cor "vazia", mas, na verdade, é a mais completa de todas. É a luz que contém todas as cores do espectro luminoso, que você percebe quando ela é espalhada por um arco-íris ou passada através de um prisma.
Cada cor é uma forma de radiação luminosa com uma frequência de onda específica, que varia entre 400 e 700 nanômetros, desde o violeta até o vermelho. As cores dos objetos que enxergamos depende de como os átomos desses objetos interagem com as diferentes frequências (cores) desse espectro luminoso. As frequências que são absorvidas "somem". As que são refletidas são as que chegam aos nossos olhos e que dão cores às coisas.
Um objeto branco, como o laptop no qual estou escrevendo esse artigo, é um objeto que reflete todas as cores e não absorve nenhuma. Já um objeto preto é aquele que absorve todas as cores e não reflete nenhuma. É por isso que uma camiseta branca resfria e uma camiseta preta esquenta quando você está no sol. A preta absorve todo o espectro luminoso e esquenta o seu corpo, que está por baixo dela. A branca reflete todo o espectro luminoso e ilumina quem estiver a sua volta.
Com tudo isso em vista, há inúmeras variáveis que podem alterar esse cenário. Se nossa estrela amarela, o Sol, fosse mais fria ou mais quente, a composição de sua luz seria diferente (mais avermelhada ou mais azulada, respectivamente). Se as células de nossa córnea tivessem evoluído de maneira diferente, talvez enxergássemos cores diferentes (como já abordei em um artigo anterior). Se a composição de nossa atmosfera fosse diferente, ela talvez filtrasse a luz de maneira diferente e as cores refletidas na superfície seriam diferentes também.
É mais ou menos o que ocorre no fundo do mar. Quem tem o prazer de mergulhar, como eu, sabe que as cores "desaparecem" a medida que você afunda. A água filtra gradativamente as componentes da luz branca do Sol: primeiro o vermelho, depois o laranja, depois o amarelo, até que, abaixo dos 25 metros, só sobra o azul. Consequentemente, abaixo dessa profundidade, pode ter um coral vermelho-sangue na sua cara que você não vai ver vermelho nenhum (porque não há luz vermelha para ele refletir). Por isso é sempre legal levar uma boa lanterna presa no colete, mesmo num mergulho diurno. Você liga a luz num paredão revestido de corais e esponjas e ... voilá! ... de repente uma paisagem monocromática se transforma numa explosão de cores.
Pense nisso a próxima vez que olhar para um tomate, uma floresta tropical ou um recife de corais.
26 outubro 2009
Meu olho
23 outubro 2009
Mais de 60% das famílias recusam-se a doar órgãos
De acordo com as estatísticas do Sistema Nacional de Transplantes, a Bahia está em 10° lugar em número de transplantes no País. Atrás de outros estados nordestinos como Pernambuco e Ceará, que estão em 4° e 7° lugares, respectivamente, no ranking nacional.
20 outubro 2009
Fila para transplante de córnea é quase zero
(Redação - Agência IN)
Não seria maravilhoso se em todo país fosse assim?
29 setembro 2009
Visão de recém-nascido (e isso não é uma boa notícia)
28 setembro 2009
27 setembro 2009
Hoje, dia 27 de setembro, é o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos
25 setembro 2009
Lasik sem dobras e sem estrias
Mais de 10 anos de observação, análise e estudos científicos para evitar e corrigir a formação de dobras e estrias, que podem ocorrer na córnea durante a cirurgia de correção de grau por Lasik, resultaram em uma caixinha metálica com a capacidade de deixar lisa a superfície do olho onde houve a intervenção. "A córnea parece uma pele de jaboticaba de tão lisa", comemora o criador do Soprador Térmico de Córnea, o oftalmologista Canrobert Oliveira, relacionando a fruta brasileira à invenção nacional que traz benefícios a todas as pessoas que querem se ver livres dos óculos por correção cirúrgica.
Canrobert Oliveira, que é diretor do departamento de cirurgia refrativa do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), vai apresentar sua criação hoje, durante o 35º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que acontece em Belo Horizonte (MG) no Expominas.
Contribuição - Desde 1995, o oftalmologista brasiliense, que já realizou mais de 60 mil cirurgias refrativas, vem estruturando o Soprador Térmico de Córnea. Esta não é a primeira colaboração de Canrobert à evolução da oftalmologia. A partir da observação do processo cirúrgico criou, nos anos 90, o C-Procedure, atualmente adotado por cirurgiões de vários países para tratamento de astigmatismos altos e irregulares.
Reação - De acordo com Canrobert, o colágeno, tecido que compõe a córnea, tem propriedades físico-químicas que reagem favoravelmente ao Soprador Térmico. Depois de dois anos de utilização, ele diz que os resultados da aplicação do procedimento estão consolidados e aprovados inclusive pelos pacientes.
"O Soprador promove a contração das fibras de colágeno do disco corneano na cirurgia de Lasik para correção de grau, impedindo a formação de estrias e corrigindo aqueles casos que, no passado, já mostraram dobras e estrias", explica Canrobert. O médico relata que estrias ocorrem involuntariamente durante a cirurgia e o Soprador Térmico interfere no processo e as elimina. Já as dobras, muitas vezes, aparecem em consequência de traumas como coçar e apertar o olho operado, apesar das advertências feitas aos pacientes após a correção.
22 agosto 2009
Depoimento de Alessandra Andrioli
Em 89 eu fiquei grávida e após alguns meses a lente do olho esquerdo, que era o mais afetado, começou a "pular" do meu olho, não parava mais. Usava então apenas a lente direita, sem elas a minha visão era nula. Já no fim da gestação eu não conseguia mais ficar o dia inteiro com ela e após o parto eu não consegui mais me adaptar. Fui encaminhada para o transplante.

Independente da minha experiência sabemos que cada experiência é única e o meu desejo é que corra tudo bem com todos que precisam de um transplante. Saibam que sempre existe uma saída. Não existe motivo para sofrer por antecipação.
Ao escrever fui remetida a um passado doloroso, que por um tempo quis esquecer, mas que agora me faz bem relembrar, pois me mostra o quanto posso ser forte diante das adversidades.Quando tive esse diagnóstico, na década de 80, era só transplante mesmo, não tinha nenhum outro recurso, não que eu saiba.
O primeiro médico que me atendeu, com a sutileza de um "elefante na loja de cristais", disse-me que não haviam garantias, que eu poderia ficar boa ou muito pior do que estava. Lembro-me que senti uma dor tão profunda, senti-me injustiçada, por Deus, pela vida... na minha cabeça era assim: eu só tenho 13 anos e já estou condenada a cegueira, e os meus sonhos e planos???
Existem riscos, mas existem também muitos recursos, ter que fazer o transplante não é o fim da linha, é o começo de uma nova história, onde temos a oportunidade de conhecer os nossos recursos internos, de força e superação.
Busque todas as possibilidades.
E o mais importante não esmoreça, você vai conseguir, não tenha medo, ou melhor, enfrente-os, os meus medos me fizeram sofrer muito mais do que a situação real.
Um forte abraço a todos.
18 agosto 2009
Um dia especial
11 agosto 2009
Para quem é de Salvador...

- Prestar assistência aos pacientes em tratamento e aos já transplantados e seus familiares.
- Interceder junto ao Ministério da Saúde, Secretaria do Estado da Saúde, Secretarias Municipais de Saúde, Centros Transplantadores e outros órgãos públicos ou privados, visando assegurar a todos os necessitados o tratamento e fornecimento de medicamentos com qualidade e segurança.
- Defender administrativa e/ou judicialmente os direitos e interesses dos pacientes em tratamento e dos transplantados, associados ou não, independentemente de autorização, em todo e qualquer órgão.
- Promover campanhas educativas, especialmente destinadas a conscientização da população à Doação de Órgãos.
- Contribuir para o desenvolvimento do tratamento e dos transplantes no Estado da Bahia.
- Fiscalizar isolada ou conjuntamente com a Vigilância Sanitária ou demais Agentes da Saúde, o funcionamento dos Centros Transplantadores, envidando esforços no sentido da melhoria desses serviços.
- Colaborar com o Sistema Nacional de Transplantes e seus órgãos gestores, representados pelas Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos – CNCDOs e demais órgãos afins.
- Manter estreito relacionamento com entidades congêneres, nos âmbitos municipal, estadual e nacional.
- Incentivar a criação de associações municipais.
- Implantar nas cidades em que se fizerem necessário, filiais, sucursais ou representações da entidade.
- Promover junto ao Sistema Nacional de Transplante e, especialmente, junto à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos da Bahia, o acompanhamento e a fiscalização na formação da lista de espera por doação de órgãos, a sua divulgação aos interessados, e quanto ao sucesso dos transplantes realizados.
- Atuar, em atividades externas, participando de campanhas, de atividades industriais, comerciais ou de prestação de serviços para captação de recursos integralmente destinados a consecução de seus objetivos sociais.
- Firmar convênios e outros instrumentos jurídicos com entidades congêneres ou não, pessoas jurídicas de direitos público ou privado, nacionais ou internacionais, visando a obtenção de recursos materiais, humanos e financeiros para atendimento dos objetivos da associação.
- Participar e/ou promover congressos, fóruns, debates e outros eventos relacionados com os fins estatutários.
- Promoção da assistência social e voluntariado.
- Promoção gratuita da saúde e educação, além da divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades acima mencionadas.
28 julho 2009
Depoimento de Júnior Monteiro
Bem, no início desse ano tive o diagnóstico de ceratocone dado pela equipe de médicos do HOB Brasília. Fui aconselhado a fazer o Cross Link e, após algumas consultas a outros médicos e muitas dúvidas realizei a cirurgia no dia 19/06/09.
Aqui só o HOB e o CBV fazem o Cross Link, não aceitando convênio e com média de R$ 3.000,00 por olho.
Estranho que os médicos não souberam me explicar os motivo ou causa do aparecimento do ceratocone. Voltando à recuperação, na primeira semana após a cirurgia, o médico retirou a lente protetora do meu olho. Depois de um dia o olho infeccionou, tive que usar alguns colírios a base de cortisona, que ao longo dos dias inflamaram cada vez mais minha córnea. Meu disco, abertura da primeira cirurgia demorou a fixar, em resumo até a presente data estou usando lente protetora e pingando colírios mais fracos.
Acredito que exista uma dúvida sobre a qualidade da minha visão, certo? Bom está pior do que era antes da cirurgia e meu médico disse que eu teria que ter mais paciência pois o recuperação demora até 3 meses e só, assim, voltar ao que era antes.
Esse relato não é para desencorajar os que tem que fazer o procedimento mas sim encorajá-los e prepará-los pois, a estrada é longa.
22 julho 2009
Às vezes complica...
Hoje amanheceu normal. Ainda pingo hoje o Zymar e a noite uma gota de Pred Fort. Não sinto mais a ardência.
21 julho 2009
E, um a um, os pontos vão desaparecendo...
16 julho 2009
Depoimento de Júlio Olivier

Fiquei sem ação, pois estava numa longa fila para o transplante há 5 anos, não enxergava nada mais. Fiquei emocionado, graças a este doador e sua família, hoje consigo ver quase 100%.
Nunca desista! Lute, tenha fé em Deus, que tudo dará certo.
Hoje estou aqui para dizer isso, apesar das 5 rejeições que sofri, estou forte e firme.
Se você não é doador, seja doador de órgãos. Você estará ajudando muitas pessoas e dando vida também.
Para a família do meu doador a qual não conheço, peço a Deus que ilumine sempre e que Deus os abençoe sempre, pois me deram vida.
09 julho 2009
Enfim... menos um!
Depois de algum tempo, enfim boas notícias...
26 junho 2009
Pesquisa premiada nos EUA
Fonte: http://www.jornaldaorla.com.br/noticias_integra.asp?cd_noticia=3285 em 07/06/2009
16 junho 2009
Transplante de Conjuntiva
09 junho 2009
Depoimento de uma mãe que perdeu o filho - Geni da Silva Fiorezi
Sou mãe de um jovem que sofreu um terrível acidente.
Meu filho chamava-se Marcelo da Silva Fiorezi. Faleceu no dia 26/08/2008, em Marília, São Paulo.

Sou uma mãe que sofre muito com a falta do filho, mas feliz pois sei que ele vive em outros.
Marcelo, trabalhando, caiu de uma grande altura quebrando a cabeça... ficou 6 dias na UTI, vindo a ter morte cerebral.
Na hora em que recebi a triste noticia não pensei duas vezes, pois meu filho amava a vida e merecia continuar a viver.
Fui muito criticada por pessoas da família, mas não me arrependi em nada.
Sei que meu anjo está por ai correndo, pois doei os fêmures dele. Vendo, pois doei as córneas dele. Respirando, pois doei os pulmões dele. Os rins, pâncreas, baço, coração. Enfim, doei tudo, pois os órgãos do meu anjo estavam 100% saudáveis.
Só lamento não saber para quem foi, mas tenho fé em Deus que um dia conhecerei alguém que vive hoje com algo de meu filho.Também já fiz minha doação e de meu esposo.
Depois que formos dessa vida ajudaremos outras vidas.
Isso é lindo.
Pena que as pessoas ainda não tenham consciência de como é importante doar.
Geni, tua força e a tua fé deram a algumas pessoas a chance de viver. Esse é o maior gesto de doação. Na hora da dor acreditar que há vidas podendo ser salvas.
Que Deus aqueça o teu coração.
08 junho 2009
5 meses de transplante
05 junho 2009
Tentativas...
31 maio 2009
E dizem que o tempo não para...


21 maio 2009
Cegueira por doença na córnea é reversível


.
18 maio 2009
17 maio 2009
O que precisa-se saber sobre o Crosslink?
Como já se disse várias vezes, o Crosslink não estaciona o Ceratocone. Ele enrijece a córnea, retardando a sua progressão, por isso sua indicação para quem está na fase inicial e em jovens, já que neles o transplante pode apresentar uma porcentagem maior de rejeição e, provavelmente, precisarão passar por outro depois de 20/30 anos.
Só que os oftalmologistas estão aplicando a técnica para todos os graus da doença, como se o CXL fosse a solução para tudo, mesmo porque o procedimento é particular e cada médico cobra o que acha correto.
É claro que enquanto se puder retardar o transplante, todas as técnicas são válidas, seja lente, anel, crosslink, mesmo porque nem todos que tem a doença precisarão de transplante.
De cada 100 jovens, apenas 40 terão uma evolução grave no Ceratocone. Os outros 60 farão a técnica e nem precisariam fazê-la... mas como não se sabe quem faz parte dos 60, a solução é prevenir.
12 maio 2009
Hoje, ao completar 55 anos...
Obrigada!
08 maio 2009
Sorrindo, sempre! [Quatro meses de transplante]
05 maio 2009
Se o objetivo é a chegada, o que importa a velocidade?
03 maio 2009
Série faz crescer número de transplantes
De acordo com o doutor Ronaldo Honorato, do Instituto do Coração de São Paulo (Incor), o aumento foi perceptível através do contato dos médicos com as organizações que fornecem os doadores, as chamadas Organizações de Procura de Órgãos (OPO).
“Essas organizações são vinculadas aos grandes hospitais de São Paulo. Conversando com as OPOs, vimos que nessas últimas semanas houve um aumento do número de notificações e doadores efetivos”, explica.
Segundo Honorato, somente em abril foram realizados cinco transplantes de coração e um transplante de coração pediátrico, superando a média dos três primeiros meses de 2009, que foi de apenas dois transplantes por mês. Honorato acredita que os médicos estão notificando os óbitos por morte cerebral com mais frequência.

29 abril 2009
Visão sob medida
Além de deformidades mais comuns, como miopia, astigmatismo e hipermetropia, as lentes podem atender pacientes com distrofias complexas, como o ceratocone, uma doença degenerativa do olho, que provoca mudanças estruturais na córnea, deixando-a mais fina e com formato cônico e causando distorção substancial na visão. Segundo o professor Davies William, coordenador do projeto de desenvolvimento de lentes específicas para portadores da doença, hoje o ceratocone é atendido por meio de incisões cirúrgicas ou de lentes terapêuticas, mas essas alternativas, embora de grande utilidade, não atendem a todos os casos. “Nem todos os pacientes
podem se sujeitar a uma cirurgia, seja por impossibilidades físicas e de saúde ou porque a própria estrutura da córnea não permite. Além disso, as lentes terapêuticas utilizadas hoje não resolvem o problema de forma adequada”, conta.
Além de oferecer uma alternativa feita sob medida para os pacientes com problemas visuais, a tecnologia traz como benefício o baixo custo envolvido. “O valor estimado para um par de lentes personalizadas, quando conseguirmos disponibilizá-las no mercado, deve ser semelhante ao que é pago, hoje, por um par de lentes tóricas (com formato adequado para correção de astigmatismo). Ou seja, é uma solução simples, barata e muito eficiente”, enfatiza o coordenador do projeto.
Empresas interessadas
As pesquisas tiveram início durante trabalhos do grupo para o desenvolvimento de um instrumento oftalmológico denominado Sensor de Frentes de Onda no Laboratório para Optrônica e Microtecnologias Aplicadas (OptMAlab). O objetivo do dispositivo é medir aberrações no olho humano, ou seja, identificar os problemas refrativos complexos específicos de cada paciente. Para tanto, os pesquisadores estabeleceram uma técnica baseada na corrosão química do silício para produção de uma matriz de microlentes, que seriam utilizadas no sensor.
No mesmo período, foi identificado o interesse de grandes empresas do mercado de oftalmologia pela produção de lentes de contato personalizadas. “As tecnologias disponíveis não ofereciam reprodutibilidade suficiente para as lentes. Demorava-se cerca de três meses para produzir um modelo que atendesse às especificações demandadas e não era possível repeti-lo rapidamente numa segunda lente”, explica Davies William.
Surgiu daí o interesse do grupo em utilizar sua tecnologia de fabricação de microlentes para a confecção de lentes de contato personalizadas. “Fizemos diversos estudos para verificar se a técnica era compatível e se era possível reproduzir uma lente personalizada a partir de um molde de silício. Os resultados foram positivos”, relata o professor. “Estamos, agora, realizando estudos sobre o melhor processo de replicação e o material mais adequado do ponto de vista de qualidade, de confiabilidade e de custo”, completa.
A tecnologia desenvolvida traz ainda outras possibilidades, como a fabricação de lentes intraoculares, ou seja, aquelas que substituem a lente natural do olho – o cristalino – em casos de catarata. Segundo o professor Davies William, os produtos disponíveis no mercado apresentam um problema conhecido como aberração esférica. “Uma lente ideal devia ter um formato semelhante a uma seção cônica. Como o formato comercial é esférico, isso provoca uma ligeira deformação nas imagens e perda de nitidez. A nossa tecnologia permite extrair essa aberração”, explica.
Agilidade na gestão facilita pesquisa
A execução do projeto contou com o apoio da Fundep e dos departamentos da UFMG. Segundo o professor Davies William, a Fundação é a responsável por cumprir todas as tarefas referentes ao trâmite administrativo dos recursos financeiros, desde o recebimento do recurso até a prestação de contas ao financiador. O analista de projetos Luiz Felinto Xavier, que responde pelos trabalhos na Fundep, detalha os serviços realizados.
“Foi um projeto de gestão tranquila que pôde utilizar toda a estrutura da Fundep, seja na parte financeira, de compras de equipamentos, insumos e materiais de consumo, pagamento de bolsas, controle de gastos com viagens e diárias, importação e acompanhamento das normas do financiador”, conta.
Para a realização dos estudos e testes, foi necessária a importação de um equipamento de escrita direta a laser, conhecido como LaserWriter. A ferramenta integra os equipamentos da chamada “Sala Limpa”, um laboratório de ambiente controlado onde parte dos desenvolvimentos práticos do projeto é realizada. “A Fundep foi responsável por todo o processo de importação, que foi realizado de forma rápida e sem impedimentos. Todas as nossas solicitações foram prontamente atendidas e pudemos utilizar tranquilamente todosos serviços da instituição”, completa o professor.
26 abril 2009
Meus olhos, tão distantes e tão próximos de mim
Meu olho melhorou. Já está menos vermelho e não sinto mais dor.
Quem não acompanha minha história olha a foto e pensa que meu tx foi no olho direito. Para o OD ainda faltam, no mínimo, 2 cirurgias. Catarata e Transplante.
Olhando os dois nem parece que o transplante foi no esquerdo. Mas foi. E a visão continua ruim.
Eu não sei as sequelas que o primeiro transplante (DSAEK) deixou ou se deixou. Talvez a atrofia na íris não traga problema nenhum. Talvez a própria técnica não tenha deixado suas marcas.
Não sei. Preciso esperar. Preciso crer.
Às vezes me distancio tanto dos meus olhos que eles tornam-se um SER distinto. Ganham vida independente. Um Ser que precisa de incentivo e força, como se fosse alguém tão próximo, que a dor dele se tornasse a minha dor. Que cada pequena vitória dele, fosse a minha própria vitória. Várias pessoas numa só.
Há tanta vida nestes olhos...
24 abril 2009
Enfim, sinto lágrima nos meus olhos!
Além de fechar todos os canais lacrimais (4) para ver se mantenho por mais tempo meus olhos lubrificados, retirei um papiloma (ver foto).


Como sempre podemos tirar algo de bom de tudo que nos acontece, observem meu olho MOLHADO de LÁGRIMA!
22 abril 2009
Depoimento de Adrianne Arnaud
Por uma indicação, fui a uma consulta no BOS e quando fui fazer o primeiro exame, antes de entrar em consulta, a moça que me atendia, que também é contatóloga, disse que eu tinha ceratocone.

Nossa!! Que bicho é esse???
A médica me explicou que meu caso era de transplante, mas que eu ainda poderia usar lente. Foi dificil o teste e eu optei por não usar porque trabalho com educação infantil e tinha medo de machucar o olho com a lente rígida.
Depois de uns 4 anos voltei ao hospital. Minha visão estava muito ruim e o médico fez a adaptação da lente. Fiquei mais uns 8 anos usando lente. Quando criei coragem de fazer o transplante o médico me desencorajou e eu fiquei com lente só no OE já que no direito o cone estava muito grande e não adaptava mais lente.
Um dia resolvi dar um basta! Ninguém merece sofrer com a lente e marquei consulta novamente. Fiquei sabendo que o médico que me atendia não trabalhava mais no BOS e me passaram para uma médica chamada Ariane! Fiquei receosa.
Mas, ela foi maravilhosa, me atendeu super bem e disse que meu caso era de transplante e que não tinha o que pensar. Ela iria verificar se havia possibilidade de fazer o anel no OE e o transplante no OD juntos. Enquanto ela falava comecei a chorar feito criança e ela tentando me acalmar. Disse que chorava de felicidade porque eu ia voltar a enxergar. Não foi possivel fazer o anel. Eu tinha uma cicatriz na córnea.
Fiz meu primeiro Tx em 13/12/2007 com Intralase.
Não doeu nada. A cirurgia durou 01 hora, voltei para o quarto consciente, mas de mal-humor, porque estava com fome (rs), me arrumei e fui pra casa.
No outro dia cedo tirei o tampão e tudo na minha vida começou a mudar.
Comecei a me sentir livre, feliz e não precisava mais mandar meu marido usar camisas de cores berrantes para que eu o localizasse facilmente. Tirei todos os pontos e minha visão que era de 5% mais ou menos hoje está por volta de 85%.
Em 28/01/2009 fiz o OD, novamente com a dra Ariane com a técnica Intralase e já tirei 03 pontos. Minha visão está ótima.

Eu chego a ter uma visão de quase 100% quando leio, ou quando dirijo. Em julho vou tirar a carteira de Habilitação e vou voltar a estudar.
Hoje se eu precisar de ônibus não vou mais irritar os motoristas por sinalizar em cima da hora.
Aconselho a quem tiver indicação, fazer o transplante, pois a qualidade de vida melhora muito. Existem alguns cuidados como: não abaixar a cabeça nos primeiros dias, não dormir do lado operado, não carregar peso, não ter traumas, pingar os gloriosos colírios no horário correto e ser muito, mas muito feliz!!!
Quero agradecer o espaço cedido pela Alice, agradecer a maravilhosa dra. Ariane, a equipe do BOS, aos enfermeiros do centro cirúrgico e, principalmente, ao Doador e a sua Família que me proporcionaram voltar a enxergar e a ter a minha vida de volta.
.
19 abril 2009
Em busca da lágrima...
Quarta-feira, dia 22, farei novo procedimento nos olhos. Desta vez nos dois. Vou fazer a oclusão dos canais lacrimais. É simples, mas para variar, mais agulhadas nos olhos.

Esses fenômenos neurológicos e endocrinológicos são relacionados ao instinto de defesa do ser humano.
A síndrome alacrimia é caracterizada pela deficiência de lacrimejamento, variando de completa ausência de lágrimas a hiposecreção de lágrimas.
Esta síndrome é congênita e está presente desde o nascimento podendo ser observada a ausência de lágrimas com choro seco.
A transmissão é geralmente autossômica recessiva e como primeiro tratamento importante para evitar sequelas nas córneas é a administração de lágrimas artificiais, evitando complicações oculares.
Para que o transplante dê bons resultados é preciso uma ótima lubrificação. A oclusão dos canais lacrimais é uma tentativa de evitar novas Ceratites e outras complicações.
15 abril 2009
Ceratocone x Fuchs - Para transplantes iguais, resultados diferentes?
Sempre achei que era algo da minha imaginação, Como poderia ser diferente se as doenças usavam o mesmo procedimento de cura: o transplante?

O Ceratocone altera apenas a forma da córnea. Esta tem todas as suas caracteristicas fisiológicas mantidas.
Ao contrário, a Distrofia de Fuchs altera a função (fisiologia) da córnea, que é proteger as demais estruturas intraoculares e deixar passar as imagens até o seu destino final, a retina.
E para isso ela precisa estar transparente, desidratada.
Desta forma, para entender melhor a função da córnea, comparamos a mesma com um vidro de relógio:
- tem que ser resistente para proteger as outras estuturas do relógio e, também, ser transparente para que possamos ver as horas.
O endotélio, que é a parte nobre da córnea, é fundamental para manter a transparência, desidratação e organização das suas camadas evitando o edema corneano. Se ele perde a sua função há um comprometimento grave.
Se compararmos novamente a córnea com um relógio, é como se o mergulhássemos e descobrissemos que ele não é à prova d'água.
O vidro deixa de ser transparente e torna-se opaco.
Perde-se a função principal: enxergar.
Para cada 200 pessoas com Ceratocone, há 1 com Distrofia de Fuchs.
Para cada 40 mulheres com Distrofia de Fuchs, há 1 homem com a mesma doença.
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13 abril 2009
Conjuntivite Tóxica / [Documentário] Transplante - O Dom da Vida
Suspendi por 1 semana o Acetilcisteína (provável causa da Conjuntivite tóxica) e voltei com o PredMild só 2 vezes ao dia.
Aqui vocês encontram um artigo sobre os vários tipos de conjuntivite.

08 abril 2009
Completando 3 meses de transplante...
05 abril 2009
Depoimento de Ana Carla Queiroz

Fiquei desesperada, pois a mesma só atendia meu convênio com um laudo médico. Consegui o laudo e a autorização do mesmo.
Confesso que fiquei assustada com a quantidade de exames que a médica pediu. No mês seguinte, com todos os exames feitos, veio a conclusão: seria necessário o transplante de córnea.
Naquele momento meu chão desabou, afinal estávamos falando de um transplante.
Totalmente sem chão, fiz diversas pesquisas na internet nas comunidades e por fim achei a Alice, que com toda sua experiência me deu forças pra enfrentar meu pânico de sala de cirurgia.
A cirurgia é super tranquila e rápida, dormi e acordei totalmente calma e tranquila. Também pudera com a equipe extraordinária do BOS não teria como ser diferente.

Para todos que tem pavor do tão temido bloco cirúrgico, falo por experiência própria é muito rápido e tranqüilo. Tenham fé em Deus que tudo dará certo e nada acontece por acaso em nossas vidas. Antes de pensar em desistir, pensem que milhares de pessoas queriam ter a chance do transplante, mas infelizmente ainda esperam na fila por uma córnea. Está em suas mãos a chance de poder enxergar o mundo com outros olhos.
Peço a Ele por todos que irão passar por um transplante pedindo força e boa sorte.