29 abril 2009

Visão sob medida

Projeto busca solução rápida e eficiente para pacientes com ceratocone e outras deformidades oculares, por meio do desenvolvimento de lentes de contato especiais

Fabricar lentes de contato personalizadas, que atendam às especificidades do olho de cada paciente. Essa é uma das realidades que o trabalho dos pesquisadores Davies William de Lima Monteiro, do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG, Wagner Nunes Rodrigues e Flávio Plentz, do Departamento de Física, tem tornado possível. Junto a quatro estudantes recém-saídos do curso de Especialização em Microeletrônica, com ênfase em Microfabricação – promovido pelo Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Fapemig – os professores desenvolveram uma tecnologia de produção de microlentes que pode ser utilizada para a confecção de lentes de contato diferenciadas, que atuem diretamente na solução do problema específico de cada olho humano.
Além de deformidades mais comuns, como miopia, astigmatismo e hipermetropia, as lentes podem atender pacientes com distrofias complexas, como o ceratocone, uma doença degenerativa do olho, que provoca mudanças estruturais na córnea, deixando-a mais fina e com formato cônico e causando distorção substancial na visão. Segundo o professor Davies William, coordenador do projeto de desenvolvimento de lentes específicas para portadores da doença, hoje o ceratocone é atendido por meio de incisões cirúrgicas ou de lentes terapêuticas, mas essas alternativas, embora de grande utilidade, não atendem a todos os casos. “Nem todos os pacientes
podem se sujeitar a uma cirurgia, seja por impossibilidades físicas e de saúde ou porque a própria estrutura da córnea não permite. Além disso, as lentes terapêuticas utilizadas hoje não resolvem o problema de forma adequada”, conta.
Além de oferecer uma alternativa feita sob medida para os pacientes com problemas visuais, a tecnologia traz como benefício o baixo custo envolvido. “O valor estimado para um par de lentes personalizadas, quando conseguirmos disponibilizá-las no mercado, deve ser semelhante ao que é pago, hoje, por um par de lentes tóricas (com formato adequado para correção de astigmatismo). Ou seja, é uma solução simples, barata e muito eficiente”, enfatiza o coordenador do projeto.

Empresas interessadas

As pesquisas tiveram início durante trabalhos do grupo para o desenvolvimento de um instrumento oftalmológico denominado Sensor de Frentes de Onda no Laboratório para Optrônica e Microtecnologias Aplicadas (OptMAlab). O objetivo do dispositivo é medir aberrações no olho humano, ou seja, identificar os problemas refrativos complexos específicos de cada paciente. Para tanto, os pesquisadores estabeleceram uma técnica baseada na corrosão química do silício para produção de uma matriz de microlentes, que seriam utilizadas no sensor.
No mesmo período, foi identificado o interesse de grandes empresas do mercado de oftalmologia pela produção de lentes de contato personalizadas. “As tecnologias disponíveis não ofereciam reprodutibilidade suficiente para as lentes. Demorava-se cerca de três meses para produzir um modelo que atendesse às especificações demandadas e não era possível repeti-lo rapidamente numa segunda lente”, explica Davies William.
Surgiu daí o interesse do grupo em utilizar sua tecnologia de fabricação de microlentes para a confecção de lentes de contato personalizadas. “Fizemos diversos estudos para verificar se a técnica era compatível e se era possível reproduzir uma lente personalizada a partir de um molde de silício. Os resultados foram positivos”, relata o professor. “Estamos, agora, realizando estudos sobre o melhor processo de replicação e o material mais adequado do ponto de vista de qualidade, de confiabilidade e de custo”, completa.
Desdobramentos
Para dar continuidade às pesquisas e estabelecer diálogo entre a Universidade e o mercado, os pesquisadores submeteram à incubadora de empresas de base tecnológica da UFMG, a Inova, uma proposta de abertura de empresa, para que pudessem dar continuidade ao projeto de fabricação de lentes de contato. O empreendimento, denominado Qualifox Microóptica, vai produzir microlentes e microcomponentes ópticos e comercializá-los enquanto, em paralelo, são mantidas as pesquisas de desenvolvimento de lentes de contato personalizadas.
A tecnologia desenvolvida traz ainda outras possibilidades, como a fabricação de lentes intraoculares, ou seja, aquelas que substituem a lente natural do olho – o cristalino – em casos de catarata. Segundo o professor Davies William, os produtos disponíveis no mercado apresentam um problema conhecido como aberração esférica. “Uma lente ideal devia ter um formato semelhante a uma seção cônica. Como o formato comercial é esférico, isso provoca uma ligeira deformação nas imagens e perda de nitidez. A nossa tecnologia permite extrair essa aberração”, explica.

Agilidade na gestão facilita pesquisa

A execução do projeto contou com o apoio da Fundep e dos departamentos da UFMG. Segundo o professor Davies William, a Fundação é a responsável por cumprir todas as tarefas referentes ao trâmite administrativo dos recursos financeiros, desde o recebimento do recurso até a prestação de contas ao financiador. O analista de projetos Luiz Felinto Xavier, que responde pelos trabalhos na Fundep, detalha os serviços realizados.
“Foi um projeto de gestão tranquila que pôde utilizar toda a estrutura da Fundep, seja na parte financeira, de compras de equipamentos, insumos e materiais de consumo, pagamento de bolsas, controle de gastos com viagens e diárias, importação e acompanhamento das normas do financiador”, conta.
Para a realização dos estudos e testes, foi necessária a importação de um equipamento de escrita direta a laser, conhecido como LaserWriter. A ferramenta integra os equipamentos da chamada “Sala Limpa”, um laboratório de ambiente controlado onde parte dos desenvolvimentos práticos do projeto é realizada. “A Fundep foi responsável por todo o processo de importação, que foi realizado de forma rápida e sem impedimentos. Todas as nossas solicitações foram prontamente atendidas e pudemos utilizar tranquilamente todosos serviços da instituição”, completa o professor.
fonte: Jornal da FUNDEP

26 abril 2009

Meus olhos, tão distantes e tão próximos de mim


Meu olho melhorou. Já está menos vermelho e não sinto mais dor.

Quem não acompanha minha história olha a foto e pensa que meu tx foi no olho direito. Para o OD ainda faltam, no mínimo, 2 cirurgias. Catarata e Transplante.

Olhando os dois nem parece que o transplante foi no esquerdo. Mas foi. E a visão continua ruim.

Eu não sei as sequelas que o primeiro transplante (DSAEK) deixou ou se deixou. Talvez a atrofia na íris não traga problema nenhum. Talvez a própria técnica não tenha deixado suas marcas.

Não sei. Preciso esperar. Preciso crer.

Às vezes me distancio tanto dos meus olhos que eles tornam-se um SER distinto. Ganham vida independente. Um Ser que precisa de incentivo e força, como se fosse alguém tão próximo, que a dor dele se tornasse a minha dor. Que cada pequena vitória dele, fosse a minha própria vitória. Várias pessoas numa só.

Há tanta vida nestes olhos...

24 abril 2009

Enfim, sinto lágrima nos meus olhos!


Como havia escrito anteriormente, dia 22, quarta-feira, passei por nova micro cirurgia.

Além de fechar todos os canais lacrimais (4) para ver se mantenho por mais tempo meus olhos lubrificados, retirei um papiloma (ver foto).
Fora ter levado mais agulhadas nos olhos (ao todo até agora foram 11),
o procedimento foi tranquilo.

Voltei a usar o Pred Mild e passo, com um cotonete, Merthiolate na pálpebra.

Já sinto meus olhos úmidos, coisa que antigamente só com muito colírio para sentir (e por pouco tempo).

Preciso alugar um filme bem dramático para chorar bastante e sentir meus olhos molhados!
Masoquismo? Claro que não!
Eu sei que para a maioria chorar com lágrima parece uma grande bobagem, mas para mim é um sonho que, quem sabe, vire realidade...
------------------------
Hoje a tarde, ao colocar o Merthiolate na pálpebra, meu olho (este não é o transplantado. Este é o olho direito) ficou assim. Ardia como se eu tivesse colocado pimenta. Alguma reação ao remédio. Liguei para o meu médico que suspendeu o Merthiolate. A partir de hoje pingo 4 x ao dia o Pred Fort.

Como sempre podemos tirar algo de bom de tudo que nos acontece, observem meu olho MOLHADO de LÁGRIMA!

22 abril 2009

Depoimento de Adrianne Arnaud

O meu nome é Adrianne, tenho 34 anos, moro em Sorocaba e descobri que tinha Ceratocone nos dois olhos há uns 15 anos, aproximadamente, após passar por vários oftalmologistas e esses dizerem que eu não tinha nada, apenas forçava para enxergar, porque eu tinha "mau-costume".
Por uma indicação, fui a uma consulta no BOS e quando fui fazer o primeiro exame, antes de entrar em consulta, a moça que me atendia, que também é contatóloga, disse que eu tinha ceratocone.

Nossa!! Que bicho é esse???
A médica me explicou que meu caso era de transplante, mas que eu ainda poderia usar lente. Foi dificil o teste e eu optei por não usar porque trabalho com educação infantil e tinha medo de machucar o olho com a lente rígida.
Depois de uns 4 anos voltei ao hospital. Minha visão estava muito ruim e o médico fez a adaptação da lente. Fiquei mais uns 8 anos usando lente. Quando criei coragem de fazer o transplante o médico me desencorajou e eu fiquei com lente só no OE já que no direito o cone estava muito grande e não adaptava mais lente.
Um dia resolvi dar um basta! Ninguém merece sofrer com a lente e marquei consulta novamente. Fiquei sabendo que o médico que me atendia não trabalhava mais no BOS e me passaram para uma médica chamada Ariane! Fiquei receosa.
Mas, ela foi maravilhosa, me atendeu super bem e disse que meu caso era de transplante e que não tinha o que pensar. Ela iria verificar se havia possibilidade de fazer o anel no OE e o transplante no OD juntos. Enquanto ela falava comecei a chorar feito criança e ela tentando me acalmar. Disse que chorava de felicidade porque eu ia voltar a enxergar. Não foi possivel fazer o anel. Eu tinha uma cicatriz na córnea.
Fiz meu primeiro Tx em 13/12/2007 com Intralase.
Não doeu nada. A cirurgia durou 01 hora, voltei para o quarto consciente, mas de mal-humor, porque estava com fome (rs), me arrumei e fui pra casa.
No outro dia cedo tirei o tampão e tudo na minha vida começou a mudar.
Comecei a me sentir livre, feliz e não precisava mais mandar meu marido usar camisas de cores berrantes para que eu o localizasse facilmente. Tirei todos os pontos e minha visão que era de 5% mais ou menos hoje está por volta de 85%.
Em 28/01/2009 fiz o OD, novamente com a dra Ariane com a técnica Intralase e já tirei 03 pontos. Minha visão está ótima.

Eu chego a ter uma visão de quase 100% quando leio, ou quando dirijo. Em julho vou tirar a carteira de Habilitação e vou voltar a estudar.
Hoje se eu precisar de ônibus não vou mais irritar os motoristas por sinalizar em cima da hora.
Aconselho a quem tiver indicação, fazer o transplante, pois a qualidade de vida melhora muito. Existem alguns cuidados como: não abaixar a cabeça nos primeiros dias, não dormir do lado operado, não carregar peso, não ter traumas, pingar os gloriosos colírios no horário correto e ser muito, mas muito feliz!!!
Quero agradecer o espaço cedido pela Alice, agradecer a maravilhosa dra. Ariane, a equipe do BOS, aos enfermeiros do centro cirúrgico e, principalmente, ao Doador e a sua Família que me proporcionaram voltar a enxergar e a ter a minha vida de volta.
DOAR ORGÃOS É UM GESTO DE AMOR!

.
Adrianne, quero agradecer o depoimento e deixar registrado aqui a grande ajuda que dás àqueles que nos procuram nas Comunidades ou por email atrás de uma palavra amiga, uma dose de esperança, uma palavra de fé.
Que a cada dia tua visão ganhe mais cores.

19 abril 2009

Em busca da lágrima...


Quarta-feira, dia 22, farei novo procedimento nos olhos. Desta vez nos dois. Vou fazer a oclusão dos canais lacrimais. É simples, mas para variar, mais agulhadas nos olhos.

Toda vez que digo não ter lágrima, que invejo aquelas lágrimas escorrendo pelo rosto de alguém, me perguntam espantados: tu não choras???

É lógico que choro. Chorar é sentimento.
O choro, o pranto (choro em excesso) ou ato de chorar ou lacrimejar é um efeito fisiológico dos seres humanos que consiste na produção em grande quantidade de lágrimas dos olhos, geralmente quando estão em estado emocional alterado como em casos de medo, tristeza, alegria exagerada, raiva, aflição, etc.

A emoção eu tenho. Falta-me a lágrima.

No processo fisiológico, O sistema límbico, sistema do cérebro responsável pelos sentimentos, associa um estímulo emotivo com aqueles que já temos guardados, gerando algumas respostas, sendo que uma delas é o choro. Depois disso, várias substâncias envolvidas no processamento das emoções, como noradrenalina e serotonina são liberadas. Através do sistema nervoso independente (responsável por ações como piscar dos olhos) causarão a contração da glândula lacrimal, liberando a lágrima.
Esses fenômenos neurológicos e endocrinológicos são relacionados ao instinto de defesa do ser humano.

O choro sem lágrima chama-se alacrimia.

A síndrome alacrimia é caracterizada pela deficiência de lacrimejamento, variando de completa ausência de lágrimas a hiposecreção de lágrimas.
Esta síndrome é congênita e está presente desde o nascimento podendo ser observada a ausência de lágrimas com choro seco.

A transmissão é geralmente autossômica recessiva e como primeiro tratamento importante para evitar sequelas nas córneas é a administração de lágrimas artificiais, evitando complicações oculares.
Meus olhos herdaram tudo: olho seco (em função da alacrimia) e a Distrofia de Fuchs.

Para que o transplante dê bons resultados é preciso uma ótima lubrificação. A oclusão dos canais lacrimais é uma tentativa de evitar novas Ceratites e outras complicações.

15 abril 2009

Ceratocone x Fuchs - Para transplantes iguais, resultados diferentes?

Durante esses 2 anos, entre transplante e retransplante, chamou minha atenção que, enquanto eu e outros transplantados por Fuchs lutávamos para melhorar a visão, outros transplantados, por Ceratocone, em poucos dias ou meses já estavam com uma boa visão e até voltavam a trabalhar nos primeiros 15 dias.
Sempre achei que era algo da minha imaginação, Como poderia ser diferente se as doenças usavam o mesmo procedimento de cura: o transplante?
Pois eu estava certa em pensar que há diferença sim.
O Ceratocone altera apenas a forma da córnea. Esta tem todas as suas caracteristicas fisiológicas mantidas.
Ao contrário, a Distrofia de Fuchs altera a função (fisiologia) da córnea, que é proteger as demais estruturas intraoculares e deixar passar as imagens até o seu destino final, a retina.
E para isso ela precisa estar transparente, desidratada.
Desta forma, para entender melhor a função da córnea, comparamos a mesma com um vidro de relógio:
- tem que ser resistente para proteger as outras estuturas do relógio e, também, ser transparente para que possamos ver as horas.
O endotélio, que é a parte nobre da córnea, é fundamental para manter a transparência, desidratação e organização das suas camadas evitando o edema corneano. Se ele perde a sua função há um comprometimento grave.
Se compararmos novamente a córnea com um relógio, é como se o mergulhássemos e descobrissemos que ele não é à prova d'água.
O vidro deixa de ser transparente e torna-se opaco.
Perde-se a função principal: enxergar.
-----------------------------

Para cada 200 pessoas com Ceratocone, há 1 com Distrofia de Fuchs.
Para cada 40 mulheres com Distrofia de Fuchs, há 1 homem com a mesma doença.

-----------------------------

13 abril 2009

Conjuntivite Tóxica / [Documentário] Transplante - O Dom da Vida

Depois de um feriado com uma Conjuntivite tóxica (síndrome resultante da reação do organismo a um certo número ou combinações de substâncias químicas.), meu olho voltou ao nomal.

Suspendi por 1 semana o Acetilcisteína (provável causa da Conjuntivite tóxica) e voltei com o PredMild só 2 vezes ao dia.



Aqui vocês encontram um artigo sobre os vários tipos de conjuntivite.

-----------------
Ontem teve inicio o documentário Transplante - O Dom da Vida, com o Dr. Drauzio Varella.
O link para rever todos os vídeos: http://especiais.fantastico.globo.com/transplante/
Vale a pena assistir!

08 abril 2009

Completando 3 meses de transplante...

CLIQUE PARA AMPLIAR
3 meses transplantada. Não foram calmos, mas foram 90 dias de novo aprendizado, novas convicções, vida renovada.

Durante este período tive que burlar alguns probleminhas. Fui frágil, me fortaleci. Tive medo, chorei e ri. E, assim, redescobri que o sorriso no rosto e o bom humor na alma são a chave para se ser feliz.

Minha visão continua muito embaçada, mas sei que será um processo lento. Sempre afirmei que o resultado da visão não me preocupa.
O que importa é meu estado emocional. É me sentir bem e tentar sem medo criar uma nova rotina.

Faço diariamente caminhada em lugar seguro, sem buracos, para não correr o risco de não vê-los e cair. Procuro estar em movimento, mesmo que, às vezes, não consiga realizar tarefas simples por enxergar pouco.

Na foto percebe-se que a córnea hoje está mais uniforme. Devo começar a retirada dos pontos no final deste mês.

Talvez não mude nada ou quem sabe nova janela se abra, permitindo mais um raio de luz na minha vida...

05 abril 2009

Depoimento de Ana Carla Queiroz

Bem, estou aqui para agradecer a força que recebi deste anjo chamado Alice... e como não poderia deixar passar em branco vim deixar meu depoimento.
Meu nome é Carla e há exatamente 1 ano e meio descobri que tinha Ceratocone. Passei por vários médicos, todos tratavam com pouquíssima clareza o assunto e sempre passando óculos.
Percebia com o tempo que meu olho piorava a cada dia, tornando a visão mais turva e as cores um pouco apagadas.
Após ser demitida da firma por ter piorado do Ceratocone decidi me aprofundar e correr contra o tempo, ou melhor, contra a doença.
Em novembro de 2008 descobri que em Jundiaí tinha uma especialista.
Fiquei desesperada, pois a mesma só atendia meu convênio com um laudo médico. Consegui o laudo e a autorização do mesmo.
Confesso que fiquei assustada com a quantidade de exames que a médica pediu. No mês seguinte, com todos os exames feitos, veio a conclusão: seria necessário o transplante de córnea.
Naquele momento meu chão desabou, afinal estávamos falando de um transplante.
Totalmente sem chão, fiz diversas pesquisas na internet nas comunidades e por fim achei a Alice, que com toda sua experiência me deu forças pra enfrentar meu pânico de sala de cirurgia.
Inscrevi-me para o transplante no dia 13 de março e após 12 dias fiz o transplante de córnea no BOS de Sorocaba. Entre sedação, cirurgia e observação do pós operatório foram 1 hora e meia. Nossa! Muito rápido!
A cirurgia é super tranquila e rápida, dormi e acordei totalmente calma e tranquila. Também pudera com a equipe extraordinária do BOS não teria como ser diferente.

Para todos que tem pavor do tão temido bloco cirúrgico, falo por experiência própria é muito rápido e tranqüilo. Tenham fé em Deus que tudo dará certo e nada acontece por acaso em nossas vidas. Antes de pensar em desistir, pensem que milhares de pessoas queriam ter a chance do transplante, mas infelizmente ainda esperam na fila por uma córnea. Está em suas mãos a chance de poder enxergar o mundo com outros olhos.
Hoje estou com 1 semana de transplantada, tudo correu bem graças a Deus.
Peço a Ele por todos que irão passar por um transplante pedindo força e boa sorte.
.
Carla, a força e a coragem de enfrentar teus medos estava dentro de ti. Minha única missão foi fazê-los aflorar. O resultado está aí: uma linda recuperação.
Parabéns pela superação e por agora estar dando apoio a outras pessoas.

03 abril 2009

E sigo melhorando...



Com o colírio vindo de São Paulo (Acetilcisteína), tive uma grande melhora.

Não sinto mais dor. Não sinto mais a irritação.

Minha visão é nublada, mas nem me preocupo com isso.

Estou usando agora só o Acetil e o Vidisic.

Adeus cortisona!

01 abril 2009

Mentiras é que devem ser jogadas no lixo (a data é mera coincidência)

Circula há anos pela internet um falso email sobre córneas jogadas fora em Sorocaba.
Muitos já devem ter recebido e reenviado acreditando que algo tão precioso estaria tomando o rumo do lixo ao invés dos olhos de tantas pessoas que aguardam numa fila de transplante.
É só parar e pensar no trabalho sério destes profissionais. Uma mentira que prejudica a credibilidade dos que lutam para conseguir uma córnea e devolver-nos a visão.
Abaixo a resposta para este spam, que pode também ser encontrada no site do HOSBOS:
.
ESCLARECIMENTO SOBRE INFORMAÇÃO INVERíDICA VEíCULADA NA INTERNET !

ATUALMENTE O BANCO DE OLHOS DE SOROCABA É CONSIDERADO REFERÊNCIA NO BRASIL PARA AS PESSOAS QUE NECESSITAM DE UM TRANSPLANTE DE CÓRNEA.
SOMOS ATUALMENTE O BANCO DE OLHOS QUE MAIS CAPTA CÓRNEAS NO BRASIL.
CONSTANTEMENTE SOMOS NOTÍCIA NA MÍDIA, PORÉM UMA MÁ INTERPRETAÇÃO NOS CAUSOU UMA GRANDE DOR DE CABEÇA.
UM MÉDICO CHAMADO DR. EDUARDO BEZERRA (MÉDICO DO TRABALHO DE UMA USINA DE MONTE ALEGRE - PRESIDENTE PRUDENTE), O QUAL NÃO TEM NENHUM VÍNCULO COM NOSSAS INSTITUIÇÕES, DIVULGOU ATRAVÉS DA INTERNET QUE EM SOROCABA SOBRAVAM CÓRNEAS E ESTAVAM SENDO JOGADAS FORA.
ISTO NÃO É VERDADE.
CAPTAMOS MUITAS CÓRNEAS, PORÉM SOMOS PROCURADOS POR PACIENTES DE TODO O BRASIL, A PROCURA É MUITO MAIOR DO QUE CAPTAMOS, MESMO ASSIM TEMOS A LISTA DE ESPERA MAIS RÁPIDA DO BRASIL.
ESTE E-MAIL ESTA CIRCULANDO HÁ MAIS DE 2 ANOS PERCORRENDO O BRASIL E ATÉ O EXTERIOR (PORTUGAL, ESPANHA, ALEMANHA, ETC.)
O E-MAIL CITA QUE: HOJE DE MANHÃ EU VI NA TV A SEGUINTE REPORTAGEM .....ISTO LEVA AS PESSOAS ACREDITAREM QUE O FATO MAL INTERPRETADO É ATUAL, POIS O MESMO NÃO CITA DATA.
TEMOS A GRANDE PREOCUPAÇÃO QUE ISTO POSSA DIMINUIR O NÚMERO DE DOAÇÕES NO BRASIL
ATUALMENTE EXISTEM MAIS DE 10 MIL PESSOAS NA FILA DE ESPERA POR UM TRANSPLANTE DE CÓRNEA.
EDIL VIDAL DE SOUZA
ADMINISTRADORHOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE SOROCABA
BANCO DE OLHOS DE SOROCABA
e-mail: sac@hosbos.com.br