
Não posso me preocupar com isso. Tenho um caminho longo pela frente...
Não posso me preocupar com isso. Tenho um caminho longo pela frente...
A sensação de olho azul continua. Os pontos luminosos dão um charme especial ao meu olho.
A Distrofia de Fuchs não é muito conhecida, já que apenas 1% da população mundial tem a doença e muitos nem chegam a saber que a tem.
Quando se tem Distrofia de Fuchs as células da camada interna da córnea denominada "endotélio" morrem. Como são essas células que bombeiam a água para fora do olho, a córnea enche com a água e incha. A córnea é a "janela" do olho, e assimila a luz, portanto, quanto mais avançada a distrofia pior a visão.
“Nem todos os pacientes da Distrofia de Fuchs têm exactamente os mesmos sintomas. Você pode ter apenas um ou dois destes… ou todos. Esta é apenas uma compilação de alguns dos sintomas mais comuns” .
- Focos de luz com luminosidade demasiado brilhante e até incandescente. Dificuldade à noite em enfrentar lâmpadas ou os faróis dos carros, cujo brilho pode cegar, encandear ou criar círculos de luz à volta dos focos.
- Olhos lacrimejantes, especialmente em locais e dias muito luminosos;
- Incapacidade para reconhecer quem estava no carro que lhe buzinou ou lhe fez sinal, quando passou por ele;
- Irritação ou mesmo sensação de queimaduras nos olhos em locais ou dias muito luminosos, especialmente ao sol;
- Dificuldades em ver desníveis no solo ou degraus, especialmente se estes forem todos da mesma cor nas cores branco e cinzento;
- Existência de “aura” à volta das luzes;
- Dores intensas, repentinas, que desaparecem de forma igualmente rápida (isto ocorre quando o edema cria bolhas na córnea e estas rebentam)
- Visão desfocada ou riscada ao ler ou ao tentar focar pormenores;
- Visão indistinta que não permite reconhecer objectos e pessoas a não ser que estejam muito próximos;
- Visão muito nebulosa à saída banho, em especial de manhã, e que demora a “clarear”.
--------------------
No dia 22/01, saiu uma reportagem no Uol sobre o fim da fila de transplante de córnea em São Paulo.
Eis o vídeo:
O despertador avisando-me que é hora de pingar o colírio me traz para a realidade.
Isso ocorre porque na cirurgia os pontos precisam ser firmes, apertados (assim como quando damos o nó no cadarço de um tênis).
Onde os pontos estão cria-se uma saliência que não é homogênia. Então, algumas partes tornam-se mais altas que outras e, ao piscar, há esse incômodo, como se tivéssemos um corpo estranho no olho.
Tudo perfeitamente suportável e normal.
Se pudéssemos ter essa notícia em todos os estados brasileiros. Se as pessoas finalmente compreendessem a importância da doação...
Inicio 2009 novamente cheia de fé e esperança!