Existem técnicas diferentes para a realização da ceratoplastia, mas a modalidade mais praticada é o transplante penetrante, no qual a porção central da espessura da córnea do doador, com 8 a 8,5 milímetros de diâmetro, é enxertada no olho do receptor.
A recuperação do paciente leva de algumas semanas a meses e o médico precisa acompanhar com cuidado sua evolução para evitar inflamações, controlar uma eventual rejeição e determinar o momento exato de retirar os pontos.
Além do transplante penetrante, as técnicas mais avançadas preconizam o transplante apenas da camada afetada da córnea – os transplantes lamelares.
Se o paciente apresenta uma patologia que atinge basicamente a porção anterior da córnea, como o ceratocone, pode-se fazer um transplante lamelar anterior, que pode ser superficial ou profundo, mas que não atinge a parte nobre da córnea, que é o endotélio.
Da mesma forma, quando a patologia instalou-se no endotélio, pode-se fazer o transplante lamelar endotelial, trocando o endotélio e parte do estroma.
Tal procedimento proporciona maior rapidez de recuperação da visão, preserva a resistência do globo ocular, reduz o número de pontos necessários para a fixação do enxerto e, em certos casos, reduz o risco de rejeição.
Como ponto negativo, ressalta que a visão de um paciente que sofreu um transplante lamelar não fica tão boa quanto a do paciente que passou por um transplante penetrante pela presença da interface resultante entre os tecidos do doador e do receptor.
As técnicas lamelares vão se difundir e essa modalidade de ceratoplastia vai se tornar numericamente disseminada, entre outras coisas porque permite que uma mesma córnea seja utilizada por dois pacientes em transplantes compartilhados.
O transplante Lamelar tem ainda a vantagem de aumentar a previsibilidade da topografia e da refração pós-operatória. No transplante tradicional muitas vezes temos o que se chama de surpresa refracional, situação em que o paciente fica com um astigmatismo muito alto que pode até exigir nova cirurgia. Num transplante em que não se mexe na porção anterior da córnea o olho praticamente mantém seu grau.
Os transplantes lamelares podem ainda receber a contribuição de um novo aliado: o Intralase, aparelho de laser para a realização de LASIK e de cirurgias refrativas.
O aparelho possibilita a emissão de raios que proporcionam o corte intralamelar, dividindo a córnea por dentro.
2 comentários:
nossa,que medo da cirurgia *o*
ainda bem que comigo tá tudo bem :D
nossa,parabéns por ter a coragem de enfrentar tudo o que vc passou.deve ser muito duro,enfrentar tudo isso :x
Beeijos,te cuida.
obrigado desde de já pela oportunidade desse espaço aqui,fiz transplante de córnia a seis meses e esse més vou retirar alguns pontos,estou preoculpado e pençando como é a retirada desses pontos.
Postar um comentário