06 setembro 2015

Setembro Verde em vários estados do país 

Goiânia fica verde neste mês de setembro. Para chamar a atenção pelo Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos - 27 de setembro-, prédios públicos e privados ficam iluminados com a cor em alusão à data. A abertura da campanha, intitulada Setembro Verde, será nesta terça-feira, dia 1º, a partir das 9 horas, na Assembleia Legislativa. Durante o mês, a Central de Transplantes realizará uma série de ações para sensibilizar a população sobre a importância da doação.

A programação de abertura terá culto ecumênico e apresentação cultural e as presenças do secretário da Saúde, Leonardo Vilela, de deputados estaduais, de pacientes que receberam órgãos e de familiares que autorizaram a doação.

O gerente da Central de Transplantes, Luciano Leão, explica que o mês de setembro serve para reforçar e sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos. “Sabemos que para haver aumento no número das doações, é necessária uma mudança cultural. Por isso é fundamental que se massifique as ações de conscientização, mostrando à sociedade que por meio da doação podemos salvar uma vida. Este é o sentido da Campanha Setembro Verde”, destaca Luciano Leão. Ele comenta que setembro é lembrado internacionalmente como o período em que se deve chamar a atenção da sociedade para a doação.

Até o momento confirmaram que serão iluminados em verde a Assembleia Legislativa, o Hospital Alberto Rassi (HGG), o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo e a Unimed Goiânia.“Ficamos muito felizes porque representantes de algumas instituições parceiras nos procuraram voluntariamente, querendo participar. Isso mostra que o nosso trabalho está tendo resultado”, diz Luciano Leão.

Programação do mês
No dia 15 haverá atividade no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), às 8h30, com a Exibição do filme Feitiço do Coração e debate entre o gerente Luciano Leão, enfermeiros e psicólogos.

De 17 a 19 será realizado no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) o curso de Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. O objetivo do curso, voltado para médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, é capacitar os profissionais da saúde para implantação desta comissão nas unidades hospitalares.

Na manhã do dia 24, o Hospital Alberto Rassi (HGG) e o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) também receberão atividades da Central com apresentação de filme, homenagem aos familiares de doadores e debate.

Para finalizar a programação, no dia 27 está agendado um passeio ciclístico como ação educativa. A concentração ocorre às 7 horas, no Parque Flamboyant, com participação de servidores da Central e da população em geral.

Central
A Central de Transplantes de Goiás foi criada em 1998 e é vinculada ao Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde. Desde então já foram realizados mais de 12 mil transplantes, principalmente de córneas e rins. Em Goiás, mais de 800 pessoas estão na fila para um transplante de córnea. Até o mês de junho deste ano, foram realizados 438 transplantes no Estado.

12 julho 2014

Estudante usa lente por seis meses seguidos e fica cega

Os olhos de uma estudante foram corroídos por uma bactéria depois de ela não limpar as lentes de contato por mais de seis meses. Lian Kao, 23 anos, deveria servir de exemplo de como a higiene básica é importante, afirmaram médicos. As informações são do site Mirror.
Sob pressão por causa dos estudos universitários, a jovem ficou sem tirar as lentes e lavá-las por mais de meio ano. Ela acabou indo para o hospital e os médicos ficaram horrorizados ao descobrirem que a superfície dos olhos da estudante estavam corroídas por uma ameba unicelular.
O organismo se reproduziu entre as lentes de contato e os olhos, e Lian ficou cega. "Os usuários de lentes de contato são um grupo de alto risco que podem ser facilmente expostos a doenças oculares”, afirmou o médico Wu Jian-liang.
"A falta de oxigênio pode destruir a superfície do tecido epitelial, criando pequenas feridas que são um terreno perfeito para as bactérias causarem uma infecção”, acrescentou o especialista. Lian deveria ter jogado as lentes fora após um mês de uso, segundo o profissional.

17 abril 2014

Indicações clínicas para Listagem de pacientes para Transplante de Córnea

Art. 106. Serão aceitos para inscrição em lista de espera para transplante de córnea, em caráter eletivo, os potenciais receptores portadores de:
I - ceratocone;
II - ceratopatia bolhosa;

III - leucoma de qualquer etiologia; IV - distrofia de Fuchs;
V - outras distrofias corneanas;
VI - ceratite intersticial;

VII - degeneração corneana;
VIII - queimadura ocular;
IX - anomalias corneanas congênitas;e
X - falência secundária ou tardia;
Art. 107. Serão aceitos para inscrição em lista de espera para transplante de córnea, como condição de urgência, os potenciais receptores portadores de:
I - perfuração do globo ocular;
II - iminência de perfuração de córnea - decemetocele;
III - receptor com idade inferior a sete anos que apresente opacidade corneana bilateral;
IV - úlcera de córnea sem resposta a tratamento clínico;e
V - falência primária, até o nonagésimo (90o) dia consecutivo a realização do transplante, da realização do transplante com córnea viável para transplante óptico.
§ 1o Os casos não previstos neste Regulamento deverão ser avaliados e autorizados pela CTE correspondente.
Art. 107. Serão aceitos para inscrição em lista de espera para transplante de córnea, como condição de urgência, os potenciais receptores portadores de:
I - perfuração do globo ocular;
II - iminência de perfuração de córnea - decemetocele;
III - receptor com idade inferior a sete anos que apresente opacidade corneana bilateral;
IV - úlcera de córnea sem resposta a tratamento clínico;e
V - falência primária, até o nonagésimo (90o) dia consecutivo a realização do transplante,
da realização do transplante com córnea viável para transplante óptico.
§ 1o Os casos não previstos neste Regulamento deverão ser avaliados e autorizados pela CTE correspondente.
Art. 108. Os potenciais receptores de esclera deverão estar devidamente inscritos na respectiva CNCDO para que possam receber os tecidos e devem ter seu transplante confirmado.
Art. 110. A seleção dos potenciais receptores de córnea para fins de transplante será
processada mediante:
I - critério de gravidade:
a) urgência;
b) eletiva.
II - classificação da córnea:
a) óptica;
b) tectônica.
III - faixa etária do doador; e
IV - tempo de espera em lista (em dias).
§ 1o Os itens relativos à gravidade, a classificação da córnea a ser utilizada e à faixa etária do doador serão informados pela equipe transplantadora.
§ 2o Os potenciais receptores inscritos para transplante com córnea tectônica serão selecionados apenas quando houver córnea tectônica disponível.
§ 3o A equipe deverá informar a idade mínima e máxima do doador aceitável para cada potencial receptor, e se aceita a córnea para transplante óptico ou tectônico a idade mínima admitida do doador deverá ser menor que ou igual a dez anos e a idade máxima deverá ser maior que ou igual a quarenta anos.
Art. 111. A seleção dos potenciais receptores de esclera para fins de transplante será processada mediante tempo de espera, pelos Bancos de Tecidos Oculares, a quem a equipe transplantadora deverá  se dirigir para solicitar o tecido.

20 março 2014

Uma tecnologia que utiliza o laser com maior precisão e menor chance de erro, está sendo usada para o tratamento da catarata no Hospital Oftalmológico de Sorocaba.

Veja a entrevista de um paciente do SUS e do cirurgião oftalmológico Nicolas Cesário - responsável pela execução da primeira cirurgia com uso da tecnologia no hospital, na matéria da TV Tem


(matéria retirada da página do BOS no Facebook)

14 junho 2013

Cientistas britânicos descobrem nova camada da córnea humana

Cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram uma nova camada da córnea humana. A descoberta pode ajudar cirurgiões a melhorar drasticamente os resultados para os pacientes submetidos a transplantes de córnea.
A nova camada foi apelidada de Camada do Dua em homenagem ao professor Harminder Dua que a descobriu.
“Depois de identificar essa camada nova e distinta profunda no tecido da córnea, nós podemos agora aproveitar sua presença para tornar as operações mais seguras e mais simples para os pacientes. Do ponto de vista clínico, há diversas doenças que afetam a parte de trás da córnea”, afirma Duo.
A córnea humana é a lente de proteção transparente na parte frontal do olho através da qual a luz entra no olho. Os cientistas acreditavam anteriormente que a córnea é constituída por cinco camadas, da frente para trás, o epitélio da córnea, a camada de Bowman, o estroma corneano, membrana de Descemet e o endotélio da córnea.
A nova camada que foi descoberta está localizada na parte de trás da córnea entre o estroma corneano e a membrana de Descemet. Embora tenha apenas 15 mícrons de espessura, toda a córnea tem cerca de 550 mícrons de espessura ou 0,5 milímetros, a camada é extremamente resistente e forte para ser capaz de suportar pressão.
Os cientistas provaram a existência da camada simulando transplantes e enxertos da córnea humana em olhos doados para fins de pesquisa.
Durante esta cirurgia, pequenas bolhas de ar foram injetadas na córnea suavemente para separar as diferentes camadas. Os cientistas então submeteram as camadas separadas à microscopia eletrônica, permitindo-lhes estudá-las em milhares de vezes o seu tamanho real.
Compreender as propriedades e localização da nova camada de Dua poderia ajudar os cirurgiões a identificar melhor onde na córnea essas bolhas estão ocorrendo e realizar medidas adequadas durante a operação. Se eles forem capazes de injetar uma bolha ao lado da camada de Dua, sua resistência significa que ela é menos propensa a rasgar, o que significa um melhor resultado para o paciente.
“A descoberta terá um impacto sobre o avanço da compreensão de uma série de doenças da córnea”, concluem os pesquisadores.

03 janeiro 2013

Depoimento de João Nelson Ribeiro

O ano de 2012, foi relativamente bem pra mim. Como todo ser humano, tive vitórias e derrotas, o que é perfeitamente normal. Mas, sem sombra de dúvidas tive mais vitórias. 
Logo no segundo mês do ano fiz algo que jamais tinha feito em toda a minha vida: UMA CIRURGIA. E nao foi qualquer cirurgia, e sim um TRANSPLANTE DE CÓRNEA. 
Transplante esse requerido para acabar com o mal chamado de CERATOCONE. Pra se conseguir essa cirurgia, mesmo sendo pelo SUS, tive que vencer muitas barreiras. Ao longo de mais de dois anos permaneci na fila de transplante da Região PE/BA. Sorocaba, importante cidade do interior de São Paulo é referência na América do Sul nesse tipo de procedimento. Já havia ido àquela cidade em Junho de 2011 para fazer uma avaliação de transplante, mas naquela oportunidade, mesmo estando na fila da Região do São Francisco (PE/BA), o médico de Sorocaba não indicou o procedimento. Pediu pra eu retornar com mais ou menos 6 meses. 
Voltei em Janeiro/2012 e GRAÇAS A DEUS fui indicado pra realizar o tx (transplante). Para minha surpresa, 03 dias após a indicação, a equipe do BOS (Banco de Olhos de Sorocaba) me ligou informando que o tão esperado transplante de córnea seria em 08/02/2012. 
Como o meu município não fornece esse tipo de tratamento e o mesmo se recusou a arcar os gastos das viagens a Sorocaba, tive que ajuizar um mandado de segurança para que a justiça ordenasse o município a pagar as despesas. Dois dias após, saiu a tão sonhada liminar que me garantia ir a Sorocaba. E assim foi. 
Viajei, fiz a cirurgia, fiquei 14 dias naquela cidade acompanhado de meu grande amigo Moacir (não era qualquer um que abriria mão de sua vida para acompanhar alguém por tanto tempo). SOU ETERNAMENTE GRATO A ELE. 
Em Março voltei pra revisão. Já em Abril, o município derrubou minha liminar e não fui mais a Sorocaba. 
Corri um risco grande: POR CERCA DE TRÊS MESES SEM IR A QUALQUER OFTALMOLOGISTA, usei por conta própria a medicação que o médico de Sorocaba tinha prescrito, e nas mesmas dosagens. Não me restou alternativa a não ser procurar um oftalmo particular.
Assim estou fazendo. Ganho pouco, mas parte desse pouco é dedicada aos gastos com passagens, consultas, colírios, exames, alimentação e também lente de contato. Estou próximo de completar 11 meses de tx. Não tenho mais pontos, a visão melhorou um pouco, comparada a antes do tx. 
Agradeço primeiramente a Deus por ter dado tudo certo, a Adrianne Lima que passou um dia inteiro no BOS resolvendo coisas minhas, agradeço a meus familiares, amigos, ao advogado que nada cobrou pelo MANDADO DE SEGURANÇA, à Justiça, ao grupo Transplantados de Córnea, que é a casa de todo mundo que tem problemas de visão, especialmente, de córnea.

12 outubro 2012

Mais uma vez TOP 100!

O blog, mais uma vez, é TOP 100 na votação dos melhores blogs brasileiros Categoria Saúde.
A todos que votaram, muito obrigada!



07 setembro 2012

Definindo a Cegueira e a Visão Subnormal


A delimitação do grupamento de deficientes visuais, cegos e portadores de visão subnormal, se dá por duas escalas oftalmológicas: acuidade visual, aquilo que se enxerga a determinada distância e campo visual, a amplitude da área alcançada pela visão.

Em 1966 a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou 66 diferentes definições de cegueira, utilizadas para fins estatísticos em diversos países. Para simplificar o assunto, um grupo de estudos sobre a Prevenção da Cegueira da OMS, em 1972, propôs normas para a definição de cegueira e para uniformizar as anotações dos valores de acuidade visual com finalidades estatísticas.

De um trabalho conjunto entre a American Academy of Ophthalmology e o Conselho Internacional de Oftalmologia, vieram extensas definições, conceitos e comentários a respeito, transcritos no Relatório Oficial do IV Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira (vol-1, págs. 427/433, Belo Horizonte, 1980). Na oportunidade foi introduzido, ao lado de 'cegueira', o termo 'visão subnormal' ('low vision', em língua inglesa).
Diversamente do que poderíamos supor, o termo cegueira não é absoluto, pois reúne indivíduos com vários graus de visão residual. Ela não significa, necessariamente, total incapacidade para ver, mas, isso sim, prejuízo dessa aptidão a níveis incapacitantes para o exercício de tarefas rotineiras.

Falamos em 'cegueira parcial' (também dita LEGAL ou PROFISSIONAL). Nessa categoria estão os indivíduos apenas capazes de CONTAR DEDOS a curta distância e os que só PERCEBEM VULTOS. Mais próximos da cegueira total, estão os indivíduos que só têm PERCEPÇÃO e PROJEÇÃO LUMINOSAS. No primeiro caso, há apenas a distinção entre claro e escuro; no segundo (projeção) o indivíduo é capaz de identificar também a direção de onde provém a luz.

A cegueira total ou simplesmente AMAUROSE, pressupõe completa perda de visão. A visão é nula, isto é, nem a percepção luminosa está presente. No jargão oftalmológico, usa-se a expressão 'visão zero'.

Uma pessoa é considerada cega se corresponde a um dos critérios seguintes: a visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, isto é, se ela pode ver a 20 pés (6 metros) o que uma pessoa de visão normal pode ver a 200 pés (60 metros), ou se o diâmetro mais largo do seu campo visual subentende um arco não maior de 20 graus, ainda que sua acuidade visual nesse estreito campo possa ser superior a 20/200. Esse campo visual restrito é muitas vezes chamado "visão em túnel" ou "em ponta de alfinete", e a essas definições chamam alguns "cegueira legal" ou "cegueira econômica".

Nesse contexto, caracteriza-se como portador de visão subnormal aquele que possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala métrica) e/ou um campo visual entre 20 e 50º.

Pedagogicamente, delimita-se como cego aquele que, mesmo possuindo visão subnormal, necessita de instrução em Braille (sistema de escrita por pontos em relevo) e como portador de visão subnormal aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos.

(Antônio João Menescal Conde - Professor do Instituto Benjamin Constant)


16 julho 2012

Vote no Blog!

O blog Nova Córnea, Vida Nova, mais uma vez concorre, na categoria saúde, ao prêmio de melhor blog. Nosso objetivo é ficar entre os 100 melhores e, para isso, conto com a sua ajuda.
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11 julho 2012

Nova técnica para corrigir ceratocone chega ao país

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar uma nova lente intraocular que é a primeira a chegar ao país com a proposta de corrigir o ceratocone. A doença atinge cerca de 190 mil brasileiros. Afina e dilata a córnea que passa a ter o formato de um cone. Esta deformação induz à miopia e ao astigmatismo irregular. Resultado: os portadores enxergam imagens fantasmas e halos. 

Por enquanto, um grupo pequeno de especialistas tem certificação para realizar o implante da nova lente no Brasil. Entre eles o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto. O médico diz que o método já é internacionalmente utilizado, principalmente na Europa. "O procedimento é parecido com a cirurgia de catarata, mas não remove o cristalino", afirma. 

Duas semanas antes da cirurgia é feita uma ou duas pequenas aberturas próximas à borda da íris, parte colorida do olho. O especialista diz que essas aberturas permitem a circulação do líquido do olho ao redor da lente que vai ser implantada. "Isso garante o aporte de nutrientes ao sistema ocular e evita a formação de depósitos que levam à opacificação do cristalino", explica. 

Segundo Queiroz Neto, a nova lente é injetada entre a íris e o cristalino através de uma incisão feita na córnea. O procedimento é ambulatorial, feito com anestesia tópica. "A recuperação é rápida. Entre um e dois dias já é possível retomar as atividades", comenta. O médico destaca que a qualidade da visão melhora muito após o implante, mas dependendo da gravidade do ceratocone pode restar algum grau. 

Indicações 

Queiroz Neto ressalta que o implante só e indicado para quem tem entre 21 e 45 anos e ceratocone estabilizado há um ano. Ele lembra que a única técnica capaz de estabilizar a doença é o crosslink. Isso porque, consiste na aplicação de ultravioleta associado à riboflavina (vitamina B2) que provoca novas ligações entre as fibras de colágeno da córnea e a torna mais rígida. 

O especialista diz que a lente corrige até 23 graus de miopia e 6 graus de 
astigmatismo. Por isso, o implante também é indicado para míopes e portadores de astigmatismo que não podem fazer a cirurgia refrativa porque têm a córnea fina. 

Contraindicações 

O procedimento é contraindicado para: 

· Portadores de inflamação ocular, glaucoma, catarata, descolamento da retina, degeneração macular. 

· Quem tem menos de 21 anos. 

   Mulheres grávidas. 

· Câmara anterior menor que 2,8 mm. 

· Baixa densidade celular do endotélio (camada interna da córnea). 

· Pessoas alérgicas aos colírios que devem ser usados no pós-operatório. 

Como toda cirurgia, esta também tem riscos. Queiroz Neto afirma que principais são indução ao glaucoma e à catarata. Os sinais de alerta após o implante são dor nos olhos e visão embaçada. Como o procedimento é reversível, o desenvolvimento de complicações pode ser interrompido. Independente de qualquer desconforto é importante fazer acompanhamento médico anual, conclui.
(Matéria da Folha Web - Bonde - em 3 de julho de 2012)

29 junho 2012

Um pouco mais sobre rejeição

As complicações do transplante de córnea podem ser divididas em intra-operatórias, pós-operatória precoce e pós-operatória tardia. As complicações intra-operatórias, com hemorragia, dificuldade de trepanação, podem ser contornadas através do uso meticuloso das técnicas cirúrgicas e instrumentos modernos. As complicações precoces ocorrem na primeira semana e incluem problemas com o leito operatório, pressão intra-ocular, hemorragia, infecção e defeitos epiteliais, que devem ser adequadamente tratados, visando uma maior sobrevida do transplante. Entre as complicações pós-operatórias tardias como defeito de cicatrização, astigmatismo residual e infecção, a mais clássica é a rejeição do botão transplantado, que pode levar à falência do tecido doador. A falência do botão é dita primária, quando o edema corneano é grave e persiste por mais de 10 dias após à cirurgia. Ocorre por função endotelial insuficiente, secundária a trauma cirúrgico ou tecido doador inadequado. O tratamento inicial é feito com o uso de colírios de corticóide em alta dose (dexametasona 0,1% ou prednisolona 1%), não sendo necessário o uso de corticóide sistêmico e subconjuntival. O novo transplante deve ser feito o mais precoce possível. 
A incidência da rejeição de transplante corneano depende de vários fatores pré-operatórios, como a vascularização da córnea receptora e o número de transplantes previamente realizado no paciente. Em casos considerado de bom prognóstico, a incidência varia de 2,5 a 3,5%. Em casos de pior prognóstico esta taxa é de 40 a 65%. A maioria das rejeições ocorre principalmente nos primeiros 6 meses de pós-operatório, mas pode ocorrer em qualquer época. Os sintomas podem ser mínimos no início, até que se instale marcadamente a rejeição com diminuição de acuidade visual, dor discreta e fotofobia. É importante que os pacientes estejam orientados sobre a sintomatologia, para que procurem assistência médica assim que observados. Qualquer camada corneana pode ser rejeitada separada ou simultaneamente. A rejeição epitelial é caracterizada por um defeito epitelial linear, que progride na córnea podendo apresentar infiltrados subepiteliais. Na rejeição estromal é observada uma invasão de vasos no estroma, com edema inicialmente periférico que progride para o centro. A rejeição endotelial é diagnosticada com a presença de linhas de precipitados ceráticos no endotélio, edema estromal e reação de câmara anterior. O tratamento de rejeição vai depender da sua gravidade e é feito basicamente com colírios de corticóide tópico em altas doses e colírios cicloplégicos. Em casos mais graves deve ser feito corticóide subconjuntival e corticoterapia sistêmica. O uso de agentes imunossupressores como a cicosporina, tanto tópico como sistêmico é reservado para casos isolados de alto risco. Felizmente o transplante de córnea evolui com sucesso em 85 a 95% dos casos. Com a evolução nos meios de preservação, surgimento de novas drogas imunossupressoras, desenvolvimento da imunologia e cirurgia refrativa, novas perspectivas estão sendo abertas no campo do transplante corneano.


26 abril 2012

03 abril 2012

Minha velha amiga Ceratite...

Chegando do oftalmo agora. Estou com Ceratite nos dois olhos. Ceratite é uma inflamação na córnea.
No OE, olho com tx, numa escala de ++++, estou com ++++ e ++ no OD. Acuidade visual 20/400.
Quem acompanha meu blog desde o inicio, deve lembrar que já dei pontos, cauterizei e fiz tx de conjuntiva para fechar o canal lacrimal... pois está aberto de novo!

Meu médico colocou o plug (nem vou dizer que dói para não assustar).
Estou usando Acular CMC, Epitezan e Hyabak além de óleo de linhaça por 60 dias.
Poderia ser pior :) então vamos que vamos!

01 abril 2012

Esperando...

Meu olho dói. Meu olho arde. Meu olho já não vê como antes. Algo está acontecendo e não sei o que é. Fiz alguns exames na minha oftalmo e, aparentemente, tudo está normal inclusive o transplante. Minha visão, que já era pouca, tornou-se menor ainda. Se fixar o olhar na TV ou na tela do computador vejo melhor com o OE fechado. Ele está atrapalhando a visão, algo que nunca tinha acontecido.
Tenho horário marcado com meu médico especialista na terça-feira. Pode ser uma ceratite... já tive tantas... quem sabe?
Enquanto aguardo, penso que ser transplantada exige, para sempre, uma grande dose de esperança, fé e bom humor.

16 março 2012

Depoimento de Paulo Lamblet Berruezo

Tenho 23 anos, sou estudante de medicina e sou portador de ceratoconjuntivite alérgica e tenho olhos muito secos.
Em 2007 tive uma úlcera de córnea bem pequena no olho direito em virtude de uma crise de conjuntivite alérgica grave que infectou e evoluiu com essa úlcera. Tratei cuidadosamente e fiquei bem.
Em 2009 tive outra úlcera de córnea exatamente no mesmo lugar da outra, também em função de uma ceratite. Tratei meticulosamente e fiquei bom de novo, restando um pequeno leucoma...
Até que em janeiro de 2012, "do nada" apareceu uma terceira úlcera de córnea, também no mesmo lugar das outras duas. Só que dessa vez, eu não estava em crise de conjuntivite nem ceratite. O olho estava calmo e tranquilo. Meu médico, especialista em córnea, diz que é uma úlcera trófica ou "úlcera em escudo" que é tipo uma úlcera alérgica, onde não há infecção, e ela simplesmente abre por falha no epitélio da córnea ou na cicatriz das outras úlceras. Ele acredita que pode ter sido em virtude do olho seco. Acontece que, dessa vez, por mais cuidadoso que eu tenha sido, usando vários medicamentos religiosamente na hora certa, essa úlcera foi ficando mais fina e mais fina... Meu médico resolveu pedir uma lente terapêutica para mim. No dia em que fui aplicar a lente terapêutica, a úlcera já estava extremamente fina e durante a colocação da lente, minha córnea perfurou. Felizmente, ela perfurou na frente do médico, que fechou rapidamente com a lente e a cola de cianoacrilato. Porém vazou um pouco de humor aquoso e a câmara anterior do olho meio que se fechou. Ele então disse que eu necessitaria de um transplante de córnea em caráter de urgência para refazer a câmara anterior do olho. Isso aconteceu numa sexta feira. Não sei se por milagre ou muita sorte, quando fui no consultório dele na segunda, a câmara anterior do meu olho tinha se refeito sozinha e o humor aquoso já tinha se restabelecido, e o meu olho voltou a sua anatomia interior normal. Porém, ainda estou com a lente terapêutica e a cola segurando a úlcera na córnea. Por isso, felizmente, não preciso mais fazer o transplante em caráter de urgência como antes pois a câmara já voltou ao normal. Mas ainda preciso fazer o transplante pois minha córnea está perfurada e por mais que cicatrize, já é a terceira lesão, e a córnea não terá mais estabilidade. Logo não tem jeito, tenho que trocar a córnea do olho direito.

Aí começa meu dilema, pois estou MORRENDO de medo dessa cirurgia, pela minha condição de ter ceratoconjuntivite crônica, que aumenta muito a chance de rejeição. Nunca consegui controlar minha alergia nos olhos, e a secura também. Só consigo controlar com corticoides... E quando usava corticoide, abaixava muito minha imunidade e infectava. Minha situação é essa... Estou sem saída, tenho que fazer um transplante e tenho altíssima probabilidade de rejeição. Meu médico está esperando aparecer uma córnea e me ligará a qualquer momento, pois disse que meu caso tem prioridade pelo meu olho estar perfurado. Então a qualquer momento ele vai me convocar pra operar. Estou meio que desesperado e tentando me conformar, pois como disse, não tenho escolha. Tenho que fazer o transplante de qualquer forma e com grande chance de rejeição. Meu sentimento agora é de medo, ansiedade, apreensão e mais um pouco de medo.

(Paulo, hoje, 16 de março, recebeu uma córnea nova. Que a sua recuperação seja tranquila)

06 março 2012

Femtosecond laser

O que é o Femtosecond laser?
O femtosecond laser é um tipo de laser que opera com pulsos extremamente rápidos. Estes pulsos são tão rápidos que são medidos em unidades de tempo chamadas fentosegundos (femtoseconds, em inglês). Cada fentosegundo corresponde a um milésimo de um picosegundo; ou a um milhonésimo de um nanosegundo; ou a um quatrilhonésimo de um segundo. Matematicamente, dizemos que um fentosegundo corresponde a 10-15 do segundo.


Não entendeu ainda?
Bem, vamos explicar de outra maneira.
Imagine o tempo de um segundo. Agora divida este tempo por um bilhão. Pegue esta bilhonésima parte do segundo e divida novamente por um milhão. Muito bem, você chegou no fentosegundo!
Assim, o femtosecond laser consiste em um tipo de laser extremamente rápido, o que lhe confere diversas vantagens sobre outros tipos de lasers, principalmente no que diz respeito à precisão e à segurança em procedimentos cirúrgicos, por exemplo.


Para que serve o Femtosecond laser?
Atualmente, o femtosecond laser já tem diversas aplicabilidades nas cirurgias oftalmológicas, principalmente nas cirurgias refrativas com laser, as quais visam corrigir os erros refracionais (miopia, hipermetropia, astigmatismo, etc), a fim de ofereceruma boa visão sem a necessidade dos óculos (ou com menor necessidade dos óculos). Neste sentido, o femtosecond laser permite a realização de cortes mais finos, mais precisos e mais seguros nas cirurgias do tipo LASIK (um tipo de cirurgia refrativa), por exemplo. Assim, há um ganho susbtancial de qualidade e de segurança nas cirurgias de LASIK com este tipo de laser.
Outra aplicação do femtosecond laser consiste na criação de túneis corneanos para a introdução de anéis intra-estromais, os quais são usados para corrigir o astigmatismo em doenças corneanas como o ceratocone e a degeneração marginal pelúcida, por exemplo.
Por útlimo, não podemos nos esquecer dos transplantes de córnea, que podem ser realizados de forma muito mais precisa e segura com a utilização do femtosecond laser. Neste caso, além do corte ser muito mais preciso, existe a possibilidade de realizar transplantes lamelares, sem a necessidade de suturas, ou seja, sem precisar “dar pontos”, com se diz na linguagem popular.


Por que o femtosecond é mais seguro que outros lasers nas cirurgias oculares?
Por ser extremamente rápido, o pulso do femtosecond laser faz com que o material orgânico que está sendo tratado seja desintegrado diretamente para a fase de vapor, sem haver tempo para afetar as estruturas vizinhas. Assim, o laser trata o tecido que deve ser tratado, sem danificar os tecidos que devem ser preservados.
Isto é possível, pois o femtosecond laser cria um plasma sólido, o qual se expande para longe do tecido orgânico em um estado altamente ionizado, levando consigo a energia. Em outras palavras, não sobra energia para danificar as estruturas vizinhas.


Quais serão as outras possíveis aplicações para o femtosecond no futuro?
O femtosecond laser já está sendo testado também para cirurgias intra-oculares, como cirurgias de catarata e cirurgias faco-refrativas para presbiopia, por exemplo. Embora estes usos ainda sejam experimentais, tudo indica que o femtosecond se incorpore à rotina destas cirurgias nos próximos anos, agregando mais precisão e segurança aos procedimentos cirúrgicos.


Autor:
Dr. Luciano P. Bellini


05 março 2012

RJ terá hospital especializado em transplantes, diz Secretaria de Saúde

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informou, nesta segunda-feira (5), que o estado vai ter um hospital especializado em transplantes. Para isso, um hospital federal vai se tornar estadual e passará por reformas. Até a nova unidade ficar pronta, os transplantes de coração, rins e pâncreas serão feitos no Instituto do Coração Aloysio de Castro (IECAC), no Humaitá, na Zona Sul da capital fluminense.
De acordo com o secretário de saúde do Rio, Sérgio Côrtes, até o fim do ano já deve estar em funcionamento o novo centro de transplantes, que deve contar com ajuda da rede privada. “Vamos firmar um termo de cooperação técnica com o Hospital Sírio Libanês, que dará suporte à rede estadual para podermos avançar com o programa”, afirmou o secretário em nota.
Dados da Secretaria apontam o Rio como o estado que teve o maior índice de avanços na área de transplantes em 2011, ano em que chegou ao 6º lugar do ranking nacional em quantidade de transplantes. Ainda segundo a secretaria, a expectativa é aumentar o número de doadores no estado: dos 121, em 2011, para 220, em 2012.
“Só nos dois primeiros meses deste ano foram contabilizados 40 doadores, sendo que cada um doa em média três órgãos. Em 2011, em todo o primeiro trimestre, foram apenas 12 doadores”, informou a Secretaria, em nota.
A nova unidade a ser implantada no Rio é fruto do Programa Estadual de Transplantes (PET), segundo a Secretaria de Saúde. “Desde a criação do PET, em 2010, o estado triplicou a relação de doadores por milhão e hoje tem uma média de 13,9 doadores, já acima da média brasileira, atualmente em 11 doadores por milhão de habitantes”, afirmou a Secretaria, em nota

24 janeiro 2012

Programa Bem Estar

Bem Estar desta quinta (30) recebeu oftalmologistas para falar sobre alguns problemas de visão.
Apesar de tratar dos assuntos de forma superficial, vale o link:


http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/06/conheca-diferencas-entre-os-principais-problemas-de-visao.html

27 junho 2011

UVEITE OCULAR

Uveíte ocular é uma doença que acomete os olhos, mais especificamente a região conhecida como úvea. Úvea (ou trato uveal) é um tecido do olho composto pela íris, pelo corpo ciliar e pela coróide. Por diversos motivos (veja abaixo) esse tecido pode inflamar e causar a doença conhecida como Uveite.

A uveite pode acometer homens, mulheres, crianças, adultos ou idosos.





O que causa a Uveíte?

Podemos dividir a uveite em causas infecciosas ou inflamatórias. Algumas doenças que afetam outros órgãos do corpo podem causar uveite. Por exemplo, existe uma certa relação entre doenças reumatológicas e uveite.
Abaixo a lista de algumas das muitas causas de uveite.

Uveite infecciosa: Causas- Toxoplasmose ocular
- Herpes
- Sífilis
- Hanseníase (Lepra)
- Tuberculose
- AIDS (HIV)
- Toxocaríase

Uveite de causa inflamatória:

- Tumores intraoculares
- Sarcoidose
- Doença de Vogt-Koyanagi Harada
- Doença de Behçet (aftas na boca, lesões genitais e uveite)
- Artrite Reumatóide

- Artrite reumatóide juvenil ou idiopática (acomete principalmente crianças)
- Espondilite anquilosante (dor de coluna, uveite)
- e várias outras doenças menos comuns

Importante ressaltar que muitas vezes não conseguimos descobrir a causa da uveite. Nesses casos, chamamos de uveite idiopática (que é o mesmo de chamarmos de uveite de causa indefinida).


Tipos de Uveíte:

A uveíte pode ser classificada em anterior (acomete a porção anterior do olho, especialmente a íris), intermediária, posterior (acomete a porção posterior do olho, como retina e coróide) ou pode acometer todo o olho (uveítes difusas ou pan uveíte)


Uveite. Sintomas:

Os principais sintomas da uveíte são: dor ocular, vermelhidão intensa, fotofobia e diminuição súbita da visão. Esse quadro ocorre de forma súbita, ou seja, ao longo de 1 a 3 dias no máximo. O quadro pode parecer uma conjuntivite, mas diferente da conjuntivite, na uveite não ocorre secreção abundante e a doença não passa de pessoa para pessoa.
Alguns casos de uveite posterior apresentam só dimunição da visão sem ter olho vermelho ou dor ocular. Também ocorrem as chamadas "moscas volantes", que são pequenos pontos pretos que ficam flutuando na frente da visão da pessoa e que se mexem conforme a pessoa mexe o olho.
A uveite precisa de tratamento imediato, então caso o paciente apresente os sintomas acima deve procurar um médico imediatamente


Uveíte. Diagnóstico

O diagnóstico da uveite só pode ser feito por um oftalmologista. Como o quadro pode ser parecido com outras doenças (como conjuntivite) só o exame feito por um oftalmologista pode dizer se é ou não é uveite.
Na uveite existem sinais típicos que a diferenciam de outras doenças. Na foto abaixo vemos pontos redondos chamados precipitados ceráticos que são típicos de algumas formas de uveíte.



Para estabelecer a causa da uveite, o médico levará em consideração a idade da pessoa (há doenças mais comuns em crianças outras em idosos...), o sexo e a raça (negros são mais propensos a algumas doenças, brancos a outras doenças). A diferençiação entre uveite anterior e posterior também é importante.
Além do exame oftalmológico, o médico poderá pedir alguns exames de sangue para descobrir alguma doença específica, como toxoplasmose, sarcoidose, HIV, sífilis, além de exames para pesquisar as doenças reumatológicas (como dosagem de fator reumatóide, antígeno HLA-B27, FAN).
Várias doenças auto-imunes causam uveite e os exames acima podem ajudar a identificar algumas delas.


Uveíte. Tratamento:

O Tratamento da uveite deve ser feito com colírios e às vezes também com comprimidos.
Como colírios, usamos corticoesteróides, que serão pingados de 12 em 12 horas ou até de 1 em 1 hora de acordo com a gravidade do caso. Além disso, utilizam-se colírios que dilatam a pupila (midriáticos). Esses colírios aliviam a dor e evitam algumas complicações da doença. Em alguns casos de uveite, a pressão ocular aumenta e por isso é preciso usar colírios para diminuir essa pressão.
Quando a inflamação é muito intensa e ocorre na parte posterior do olho (uveite posterior ou uveite difusas) é preciso usar corticóide por via oral, pesando sempre o risco/benefício devido aos efeitos colaterais dessa medicação.
Quando sabemos qual é a causa da uveite, o tratamento deve ser direcionado para essa causa. Então, se a causa for toxoplasmose, devemos usar o tratamento específico da toxoplasmose, se a causa for tuberculose, o tratamento específicoda tuberculose e assim por diante.

O que eu devo fazer se tiver com suspeita de uveíte?

Toda pessoa com os sintomas acima (olho vermelho, dor e diminuição da visão) deve procurar um oftalmologista o mais rápido possível. A uveíte pode causar uma perda permanente da visão e quanto mais cedo fizer o diagnóstico e começar o tratamento melhor.


Fonte:
http://www.medicodeolhos.com/2010/10/uveite-ocular.html

02 maio 2011

A nova resolução do laser em oftalmologia


TECNOLOGIA DE PULSOS ULTRARRÁPIDOS AUMENTA PRECISÃO E SEGURANÇA EM PROCEDIMENTOS OFTALMOLÓGICOS:

Um novo tipo de laser - com tecnologia e aplicações diferentes daquelas hoje usadas corriqueiramente na correção de problemas como miopia e astigmatismo – está trazendo um salto na evolução de procedimentos oftalmológicos que envolvem cortes na córnea. O diferencial dessa tecnologia, chamada Laser de Femtossegundo, é a emissão de pulsos ultrarrápidos de luz, daí a origem do nome: um femto equivale a um milésimo de bilionésimo de segundo.

Essa veloz sequência de micropulsos permite fazer cortes precisos na córnea, sem danificar o tecido adjacente. A córnea é a primeira lente natural do olho e pequenas alterações em seu formato têm grande impacto no grau de visão. Assim, as cirurgias para tratar grau envolvem mudar o formato da córnea. Os lasers tradicionais fazem isso pelo processo fotoablativo, que desbasta a córnea, mas não é capaz de cortá-la. Procedimentos que exigem incisões sempre foram feitos manualmente, dependendo portanto da habilidade do cirurgião, e com limitações para cortes mais complexos, já que a córnea é uma estrutura pequena e delicada.

É aqui que o Femtossegundo entra como um aliado, agregando previsibilidade, segurança e precisão. O equipamento é programado segundo os parâmetros da cirurgia planejados pelo médico, que coordena o foco da aplicação. A interação da energia do laser com o tecido corneano gera microbolhas de gás carbônico que se alinham sequencialmente uma ao lado da outra, fazendo a divisão do tecido de maneira precisa. E, caso o médico avalie que a incisão não está adequada, pode abortar o procedimento e realizá-lo no dia seguinte. As microbolhas são absorvidas pelos tecidos em 24 horas, sem danos ao paciente.

O tratamento de ceratocone é um dos que atingiu um novo patamar de qualidade e segurança com o Femtossegundo. O ceratocone é um problema hereditário, que gera uma alteração progressiva no formato da córnea, deixando-a cada vez mais cônica. Afeta principalmente a visão de longe. Quando nem óculos nem lentes de contato rígidas resolvem, resta a opção cirúrgica, com o implante de anéis intraconeanos por meio de túneis feitos na córnea ou o transplante da córnea. O laser permite fazer esses túneis com a precisão de uma micra (milésimo de milímetro) em sua profundidade, algo impossível na técnica manual, trazendo resultados superiores para o paciente.

O novo laser também aprimorou as cirurgias de transplante de córnea, com o chamado transplante modelado. Ele permite efetuar cortes simétricos nas córneas do doador e do receptor, proporcionando um encaixe perfeito da córnea doada no olho do receptor. Além de formatos mais complexos, possibilita transplantar apenas porções da córnea, uma inovação nesse tipo de procedimento. Para o paciente, o Femtosegundo significa maior segurança, menor tempo de recuperação e melhor qualidade visual pós-operatória.

O tratamento de ceratocone e o transplante de córnea são hoje as principais aplicações para esse tipo de laser, mas já há estudos para o seu uso em cirurgias de catarata e correção de presbiopia, a famosa vista cansada. Ou seja, a revolução do novo laser em oftalmologia está apenas começando.

Fonte: http://novacornea.blogspot.com/2011/05/nova-resolucao-do-laser-em-oftalmologia.html

29 abril 2011

Depoimento de Ana Maria M. Padilha

Minha história sobre a perda de visão: desde “Córnea Guttata” à “Distrofia de Fuchs” e ao “Transplante de Córnea +  Cirurgia de Catarata”.

Comecei a usar óculos aos 36 anos (hipermetropia para longe e perto, Astigmatismo). Aos 38, o meu Oftalmologista registrou em minha ficha, (e não me disse nada), que eu começara a perder Células do Endotélio = camada mais interna da Córnea (início da chamada “Córnea Guttata”). Neste período eu só sentia secura ocular e ele me prescrevia um Colírio simples para olhos secos.
Em 06/2008, com 58 anos e com muita diminuição visual, ele me avisou que eu estava com Catarata em ambos os olhos e eu insisti numa operação. Fui informada, após 20 anos, que não poderia fazer qualquer tipo de operação, pois tinha um problema sério nas córneas, que “se descompensariam” e eu ficaria cega. Em pânico, exigi exames, que comprovaram o diagnóstico. Abandonei este médico e passei a consultar com muitos outros e a pesquisar sobre o meu caso.
Bem, ali eu decidi que faria o que estivesse ao meu alcance para não perder a visão como minha avó materna (que tinha tido Catarata e Glaucoma, e talvez, Fuchs).Todos, no meu Convênio Médico, diziam-me que eu teria que piorar muito a visão para fazer um Transplante e, simultaneamente, a Operação de Catarata. Após 3 meses, novos exames (Microscopia Especular = nº de células do Endotélio e Paquimetria Ultrassônica = espessura real da córnea, que indica se há edema), demonstraram que eu piorara muito e aí, eu já apresentava os primeiros sintomas da “Distrofia de Fuchs”. Encontrei, então, um cirurgião particular, em 09/2008, disposto a me operar, que me colocou na lista de espera de córneas da Sec. da Saúde e me receitou dois colírios como tratamento, não de cura, mas para minimizar os efeitos da doença. O olho direito era o pior, mas ao longo dos 10 meses de espera, o olho esquerdo começou com bolhas e dores, e foi, então, para este o “Transplante + Oper.de Catarata” em 07/2009. Tudo correu bem e dentro do previsto. Sete meses após, tive “um início de Rejeição” que foi atacado a tempo, tão logo senti minha visão desfocada. Eu havia tomado um remédio forte e novo, e passei mal e “meus Anticorpos = meu Sistema Imunológico”, acabaram atacando o meu Transplante. Após uma semana com muitos colírios, as células sanguinolentas que surgiram dentro da minha córnea nova sumiram. Hoje, 04/2011, eu tenho limitações por cansaço visual do O.E., após um certo tempo em cada atividade e problemas com umidade excessiva, muito sol ou vento (na cicatriz). Tenho, também, um “Astigmatismo decorrente do Transplante”, e que perturba muito a visão para além de 2 m e, que poderá ser corrigido com uma Operação a Lazer em 07/2011 (com expectativa de melhora de 70%). O olho direito continua com o tratamento de 2008 e está aguentando. Este mês porém, comecei a sentir, esporadicamente, ardência e sensação de corpo estranho nele, novamente. Espero que a necessidade de Transplante seja adiada, para depois de 07/2011.

Ana, assim como tu também tenho Fuchs e entendo perfeitamente quando falas da dor e das limitações. Mas somos mulheres fortes, não? E vamos enfrentando todas as dificuldades com garra, fé e esperança!
Alice

28 abril 2011

Minha visão

Faz um tempo que não coloco no blog foto dos olhos. Alguns dias atrás fiz minha consulta trimestral à oftalmologista. Meu grau para perto do olho transplantado está em 8 com 4 de astigmatismo. Esse grau me permite, com luminosidade chegar a 40% de acuidade visual.
Hoje, por exemplo, chove em Salvador. Tempo nublado. Minha visão piora sensivelmente.
Sem luz = - visão.


Percebe-se a cicatriz da nova córnea e no olho ainda esperando por transplante a córnea opaca pela doença e pela catarata.

25 abril 2011

Desepitelização da córnea (Abrasão da córnea)

A desepitelização da córnea (ou Abrasão da córnea) é um desgaste ocorrido pela fricção ou esfoladura da córnea.
Normalmente, ocorre quando um objeto arranha o olho. Também pode acontecer na prática de esportes quando se tem uma pancada (na maioria das vezes causada por bolas) , ou em qualquer modalidade de enfrentamento por trauma direto.

Quais são os sintomas ?
Dor no olho atingido. Ele pode ficar vermelho e lacrimejante e a visão embaçada.

Como é diagnosticado ?
O médico examinará a superfície do olho e testará a visão. Ele poderá utilizar tinta contrastante para visualizar melhor o arranhão.
A mancha - que desaparecerá em poucos minutos - fará com que sua visão fique, temporariamente, amarelada.

Como é tratada ?
Se o oftalmologista perceber que existe algum corpo estranho dentro do olho do paciente, ele aplicará um anestésico para a retirada deste corpo estranho.
A córnea possui uma grande habilidade de cicatrização. O uso de antibiótico em gotas ou pomada acelera a cura.
O oftalmologista poderá colocar um tampão no olho do paciente e recomendar um exame de acompanhamento durante as 24 ou 48 horas seguintes.

Por quanto tempo durarão os efeitos ?
A maioria das abrasões da córnea se cura dentro de um ou dois dias. Uma vez recuperada a visão, o retorno ao esporte será permitido.

Como evitar a abrasão da córnea ?
A melhor maneira de evitar a abrasão da córnea causada por esportes ou atividades perigosas é usar óculos protetores ou escudos para os olhos que se acoplem a capacetes.

03 abril 2011

Depoimento de Elenita Cardozo

Tudo começou assim:
Sempre usei óculos mas nunca enxergava direito, mesmo com óculos. Até  que ao fazer exame de rotina, fui  diagnosticada com ceratocone. Isto ocorreu em 1997. Imediatamente diagnosticado, comecei a usar as lentes rígidas. No começo achei bem difícil, mas como eu já havia percebido que com as lentes eu enxergava muito melhor, fiz um esforço estupido para me acostumar. Usei as lentes durante +/- 12 anos.
Em 2008 comecei a perder muitas lentes... elas não paravam em meus olhos e como não enxergava sem elas, nunca conseguia achá-las, tendo que mandar fazer outras.
O meu sonho era colocar o anel de Ferrara, pois as lentes já estavam incomodando bastante, além das perdas seguidas... Eu já tinha ouvido falar do anel de Ferrara... passei por vários médicos aqui em SP, mas o custo era muito alto e eu não tinha condições de pagar. Até que descobri que em Sorocaba eles faziam o implante via SUS. Foi aí que comecei a ir lá.
A minha 1ª consulta foi para eles avaliarem se era caso de anel ou transplante....Eles avaliaram, e indicaram o anel e me passaram uma guia para eu fazer o teste do anel, pra ver se não haveria rejeição ou não.
Como era nov/2008 e pelo SUS, só consegui agendar este tal exame para mar/2009...enquanto isso, ia levando com as lentes...Mas nesta altura eu já estava tendo problemas no meu trabalho, devido ao fato de não estar enxergando direito.  Eu trocava muito os números...
Quando finalmente chegou março e fui a Sorocaba fazer o teste, o Ceratocone já tinha se agravado tanto que  já não era mais indicado o anel e sim o transplante das duas córnea. Como o transplante o convênio dava cobertura também, comecei a passar com o mesmo médico, pois pelo convênio seria tudo mais rápido (quanto às consultas e não quanto a fila do transplante, que é a mesma).
Nesta época eu já não conseguia usar as lentes e estava tendo dificuldade para me locomover, para subir e descer excadas, não enxergava buracos nas ruas, não enxergava as pessoas direito, ficou tudo muito branco, embassado.
Sendo assim, me afastei do trabalho em abr/09; fiquei no INSS até que voltasse a enxergar pelo menos para leitura... Fiz a 1ª cirurgia em julho/09
Correu tudo bem. Não senti absolutamente nada! Não senti nenhuma dor! Nenhuma complicação!
Voltei a trabalhar em  mai/10. Nesta época já estava enxergando para leitura, mas não tinha a profundidade das coisas ainda...precisava operar o outro para melhorar a visão como um todo.
Hoje tenho 80% da visão! Graças a Deus!
O 2º transplante fiz em 19/ago/2010, pois tem que ter um intervalo de 1 ano entre uma cirurgia e outra; para esta cirurgia fiquei somente 15 dias afastada do meu trabalho, pois eu já enxergava, por causa do outro olho...Como no outro transplante, não senti absolutamente nada neste também; Só a recuperação que está mais lenta que do outro olho.
Já quase 7 meses após a cirurgia, e não enxergo nada ainda...
O médico disse que provavelmente para este olho não vou ter o mesmo resultado que o outro...mas que vai melhorar...não tanto quanto o outro, mas vai melhorar...
Quanto ao atendimento lá em Sorocaba, não tenho do que reclamar....excelente o atendimento de todos! Eles estão de parabéns! Merecem o título de hospital referência da América Latina;
E é isso aí pessoal...Qualquer coisa a mais que queiram saber, é só perguntar!
 
Abraços à todos e boa sorte!
 

Elenita Cardozo


30 março 2011

Nem todos enxergam 3D


As imagens tridimensionais que são transmitidas pelos televisores e nos cinemas funcionam da seguinte maneira: há duas imagens (porisso a tela fica embaçada quando nao usamos o óculos), um imagem no qual a lente do seu olho direito faz você enxergar uma imagem, e a outra lente do lado esquerdo faz você enxergar uma outra imagem, ambas são processadas pelo seu cérebro onde ocorre a fusão binocular, se juntam e criam a sensação de profundidade.
Mas o que algumas pessoas não sabem é que não é todo mundo que consegue fazer essa fusão binocular, ou seja, as imagens não chegam de maneira correta ao cérebro.
Agora, vamos entender melhor o que é a visão binocular: A visão binocular é, o nome dado à visão somada dos dois olhos. Há uma série de vantagens geradas por este tipo de visão. Pessoas com problemas sérios em um dos olhos, por exemplo, podem continuar enxergando, pois se um dos olhos estiver em condições, o outro passa a ser menos requisitado.
Isto acontece com frequência em pacientes que apresentam a ambliopia (sim, a doença do “olho preguiçoso”). Este tipo de paciente costuma possuir um dos olhos em condições aceitáveis para a visão, mas o outro funciona apenas como acessório. Geralmente pessoas que tem esse problema de “não-visão” binocular perdem, várias vezes no dia a noção de profundidade. Agora pense, tudo que fazemos o dia inteiro depende dessa tal visão, então imagine-se sem noção de profundidade nenhuma, você não iria saber diferenciar um objeto que está a 5 metros de um que está à apenas 2 metros, sairiamos tropeçando pelas calçadas e batendo em todos os obstáculos possiveis!

Tudo bem, mas quem realmente não enxerga o 3D?
Como ja citamos, quando os olhos não estão totalmente alinhados, deixa a fusão de imagens debilitada e perde-se a noção de tridimensionalidade, resumindo, a grande maioria dos pacientes com estrabismo moderado ou grave não pode enxergar as três dimensões.
Mesmo as pessoas que passam por cirurgias para corrigir os olhos, a fusão binocular não funcionará, pois a cirurgia muda a estética, a imagem captada pelos olhos continua sendo a mesma.

Eu tenho o problema, isso significa então que os óculos não me ajudam em nada?
Errado, pois mesmo que você tenha o problema os óculos te ajudam a não ver as imagens duplicadas, as duas lentes dos óculos 3D fazem a junção da imagem no seu cérebro, mas a estereopsia não age com total eficiência, por isso a profundidade é menos percebida. Mas não se preocupe você não está sozinho, boa parcela da população mundial tem problemas ao tentar enxergar o 3D.


Leia mais: http://www.infomaniaco.com.br/curiosidades/porque-algumas-pessoas-nao-enxergam-em-3d/#ixzz1I6DS1NTe