29 setembro 2009

Visão de recém-nascido (e isso não é uma boa notícia)

Procurando sobre a minha acuidade visual a pouco no Google, encontrei essa entrevista do Dr. Dráuzio Varella com a Coordenadora da Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual.
Nesta entrevista, duas respostas me chamaram a atenção:
1ª - É importante lembrar que a criança não nasce com a visão desenvolvida. Pode-se dizer que o recém-nascido enxerga trinta vezes menos do que o adulto com visão normal. Embora nasça com o olho totalmente formado, a função visual só se completa no fim da primeira década de vida, entre os oito e os dez anos. No entanto, o primeiro ano é de primordial importância para o bom desenvolvimento da visão.
2ª - Quem não tem nenhum problema de visão enxerga um valor de 20/20 (vinte sobre vinte) numa escala de fração que mede a acuidade visual. Ao nascer, a criança enxerga um valor 20/600, ou seja, trinta vezes menos. Portanto, ela vê vultos. A visão das cores e a sensibilidade ao contraste não estão totalmente desenvolvidas. Para ela, é mais fácil fixar um objeto de alto contraste, preto e branco, por exemplo, e interessar-se mais pelas bordas do que pelo conteúdo do objeto. À medida que a função visual vai se desenvolvendo, a criança passa a interessar-se por objetos de baixo contraste, por seu conteúdo, e consegue definir melhor as cores.
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Isso porque hoje, o dr. Jorge, durante nossa conversa sobre um outro caso, citou exatamente a visão do recém-nascido.
Ao medir a minha acuidade visual sem correção do OE (transplantado), viu-se que estou com 20/600. Visão de bebê com 1 mês. Me senti parte do filme "O Curioso Caso de Benjamin Button".
Não há muita esperança que melhore. Já sabíamos, eu e o meu médico, que o segundo transplante seria uma tentativa de consertar a visão.
Se o DSAEK deixou sequelas é difícil afirmar. Se tivesse feito o transplante penetrante ao invés do lamelar estaria diferente agora?
Não sei.
O importante é que isso não me afeta mais como me afetaria dois anos atrás.
O aprendizado não terminou...

28 setembro 2009

Reportagem no Diário do Grande ABC
















Reportagem de hoje no Diário do Grande ABC, com a história da Estela Pegoraro (depoimento no blog) e a minha história.


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27 setembro 2009

Hoje, dia 27 de setembro, é o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos

Quando fazes uma boa ação, como te sentes? Feliz? Em paz?
E se pudesses ir além? Salvar a vida de pessoas?
Tua felicidade seria maior ainda, não?
Então não perca essa chance! Seja um doador de órgãos e tecidos!
É tão fácil! Basta avisar teus familiares em vida.
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Que os meus doadores permaneçam na luz!
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Mais informações sobre como ser um doador: http://www.abto.org.br/estendaamao/files/0_abto_casada_alta.pdf

25 setembro 2009

Lasik sem dobras e sem estrias

O oftalmologista Canrobert Oliveira, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), apresentou no dia 28 de agosto, no 35º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, o Soprador Térmico de Córnea. Trata-se de equipamento que o médico vem desenvolvendo e aprimorando, desde 1995, para evitar e corrigir a formação de dobras e estrias que podem ocorrer durante a cirurgia de correção de grau por Lasik.

Mais de 10 anos de observação, análise e estudos científicos para evitar e corrigir a formação de dobras e estrias, que podem ocorrer na córnea durante a cirurgia de correção de grau por Lasik, resultaram em uma caixinha metálica com a capacidade de deixar lisa a superfície do olho onde houve a intervenção. "A córnea parece uma pele de jaboticaba de tão lisa", comemora o criador do Soprador Térmico de Córnea, o oftalmologista Canrobert Oliveira, relacionando a fruta brasileira à invenção nacional que traz benefícios a todas as pessoas que querem se ver livres dos óculos por correção cirúrgica.

Canrobert Oliveira, que é diretor do departamento de cirurgia refrativa do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), vai apresentar sua criação hoje, durante o 35º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que acontece em Belo Horizonte (MG) no Expominas.

Contribuição - Desde 1995, o oftalmologista brasiliense, que já realizou mais de 60 mil cirurgias refrativas, vem estruturando o Soprador Térmico de Córnea. Esta não é a primeira colaboração de Canrobert à evolução da oftalmologia. A partir da observação do processo cirúrgico criou, nos anos 90, o C-Procedure, atualmente adotado por cirurgiões de vários países para tratamento de astigmatismos altos e irregulares.

Reação - De acordo com Canrobert, o colágeno, tecido que compõe a córnea, tem propriedades físico-químicas que reagem favoravelmente ao Soprador Térmico. Depois de dois anos de utilização, ele diz que os resultados da aplicação do procedimento estão consolidados e aprovados inclusive pelos pacientes.
"O Soprador promove a contração das fibras de colágeno do disco corneano na cirurgia de Lasik para correção de grau, impedindo a formação de estrias e corrigindo aqueles casos que, no passado, já mostraram dobras e estrias", explica Canrobert. O médico relata que estrias ocorrem involuntariamente durante a cirurgia e o Soprador Térmico interfere no processo e as elimina. Já as dobras, muitas vezes, aparecem em consequência de traumas como coçar e apertar o olho operado, apesar das advertências feitas aos pacientes após a correção.
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