Perdi meu filho ainda novo. Tão novo...
O meu Marcelinho foi vítima da violência quando comemorava sua formatura em Direito (PUC/MG), com 24 anos.
Era um doador convicto e conversamos sobre o assunto poucos dias antes dele partir. Após a doação, entrei em contato com o MG TRANSPLANTES (setembro/2004) e eles me informaram que foram duas jovens.
Apenas isto.
Eu, sinceramente, tento compreender o "porquê" deste receio que existe quando se trata do encontro entre receptor e parentes do doador.
Eu gostaria de abraçar as receptoras das córneas de meu filho e não adotá-las.
Seria um sentimento diferente, de fraternidade, de torcida para que tudo corra bem.
Não sou uma pessoa que se "desabou" na vida por este motivo, mas que eu adoraria conhecê-las, ah, isto eu adoraria...
Gostaria de contar para elas um pouco do meu filhote e de que forma ele enxergava a vida. Tenho certeza que elas iriam gostar de saber...
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Zarinha, infelizmente, pela má ação de alguns, ficamos impossibilitados de saber quem nos devolveu a visão.
Logo que fiz meu transplante quis saber, mas não me disseram.
Resta-me sempre agradecer em oração pelo gesto de alguém.
5 comentários:
as orações com certeza ultrapassam a barreira do "anonimato"
Não consigo entender o por que de tanta violência...
Parabéns pelo blog.
Já que não dão condições à conhecer a família de quem recebeu a doação ou do doador. o que resta mesmo são as orações. pelo menos à Deus podemos agradecer.
Ótimo blog.
Perdi um amigo num acidente de moto a cerca de um mes atras.
a familia decidiu doar os órgãos, mas foram tratadas com descaso pelo pessoal do hospital em campinas e mais de 36 horas após o óbito ainda não tinham posição sobre o cropo ou sobre o transplante.
Optaram por cancelar a doação.
Lamentável quando a burocracia atrapalha um gesto de amor.
Ao mesmo tempo que sinto emoção por saber a generosidade de alguns, a burocracia e a falta de informação me entristecem...
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