No dia 28.06.2006, meu marido sofreu um Aneurisma Cerebral. Não tinha nada, estava bem de saúde, foi de repente. Era uma pessoa maravilhosa, muito espiritualista, sempre me dizia: quando eu morrer pode doar tudo. Eu, uma pessoa muito sensível e medrosa, nunca queria falar sobre esse assunto. Aos poucos ele foi mudando o meu pensamento quanto a doação, chorava sempre ao ver notícias sobre pessoas esperando um orgão para sobreviver.
No dia seguinte, ele fez uma cirurgia para tentar clipar o coágulo, mas não adiantou...
Ele estava internado no Hospital Bandeirantes na Liberdade, quando cheguei para visitá-lo na UTI e o médico me avisou que ele estava com morte cerebral. Foi um choque! O mundo desabou na minha frente, perdia a pessoa que amava, um pai e um marido maravilhoso.
Antes que os médicos me pedisssem, eu informei que gostaria de doar os seus orgãos...
Meus filhos de 15 e 19 anos na hora concordaram e fizemos a doação.
Eu não tinha condições de nada, só que a burocracia ainda é tremenda, tivemos que esperar dois dias para poder cremá-lo, (mais uma vontade dele), a família queria que eu desistisse da doação, mas não desisti.
A dor que eu e meus filhos estávamos passando era imensa, ainda é, mas nós pensávamos que pelo menos enquanto chorávamos, sabíamos que pessoas felizes iríam poder sobreviver com os órgãos dele. Isso nos reconfortava.
E sei que ele que está junto de Deus e feliz por nossa atitude. Eu e meus filhos também somos doadores!
Gostaria que todos tivessem a mesma atitude, pois podem salvar muitas vidas, não só doar córneas, mas outros orgãos também.
Eu só não queria doar pele e ossos, pois achava que tirariam tudo, mas me explicaram que tiram só um pedaço do osso da perna e um pedaço de pele, não são todos os ossos e a pele como eu imaginava, então doei tudo.
Só é uma pena que não possamos conhecer os receptores, mas mesmo assim, fico feliz em saber que há pedacinhos dele sobrevivendo em outras pessoas.
Márcia Cavalcante
São de atitudes como a da Márcia que milhares de pessoas, que querem viver plenamente, esperam.
Parabéns, Márcia pelo teu gesto de amor ao próximo.
No dia seguinte, ele fez uma cirurgia para tentar clipar o coágulo, mas não adiantou...
Ele estava internado no Hospital Bandeirantes na Liberdade, quando cheguei para visitá-lo na UTI e o médico me avisou que ele estava com morte cerebral. Foi um choque! O mundo desabou na minha frente, perdia a pessoa que amava, um pai e um marido maravilhoso.
Antes que os médicos me pedisssem, eu informei que gostaria de doar os seus orgãos...
Meus filhos de 15 e 19 anos na hora concordaram e fizemos a doação.
Eu não tinha condições de nada, só que a burocracia ainda é tremenda, tivemos que esperar dois dias para poder cremá-lo, (mais uma vontade dele), a família queria que eu desistisse da doação, mas não desisti.
A dor que eu e meus filhos estávamos passando era imensa, ainda é, mas nós pensávamos que pelo menos enquanto chorávamos, sabíamos que pessoas felizes iríam poder sobreviver com os órgãos dele. Isso nos reconfortava.
E sei que ele que está junto de Deus e feliz por nossa atitude. Eu e meus filhos também somos doadores!
Gostaria que todos tivessem a mesma atitude, pois podem salvar muitas vidas, não só doar córneas, mas outros orgãos também.
Eu só não queria doar pele e ossos, pois achava que tirariam tudo, mas me explicaram que tiram só um pedaço do osso da perna e um pedaço de pele, não são todos os ossos e a pele como eu imaginava, então doei tudo.
Só é uma pena que não possamos conhecer os receptores, mas mesmo assim, fico feliz em saber que há pedacinhos dele sobrevivendo em outras pessoas.
Márcia Cavalcante
São de atitudes como a da Márcia que milhares de pessoas, que querem viver plenamente, esperam.
Parabéns, Márcia pelo teu gesto de amor ao próximo.
Um comentário:
Sou o filho mais velho da Márcia, fiquei muito orgulhoso em ver esta matéria. Fico muito feliz em saber que meu pai ajudou muitas vidas e agora com esta matéria pode ajudar mais ainda servindo como exemplo. Tenho certeza de que ele esta muito feliz e orgulhoso pela atitude de minha mãe. A dor da perda é muito grande e nada cura, mas da uma grande amenizada em saber que outras pessoas ganharam uma nova chance de viver. Espero que um dia esta burocracia "idiota" termine e todos possam ser doadores...
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