11 junho 2008

Além da preocupação com a Liminar que precisava dar certo, preocupava-me a compra das passagens aéreas. Perdi promoções incríveis por não saber quando iria para São Paulo. No trabalho, muitas vezes não distinguia números e palavras e precisei mudar algumas funções.
Era junho, meu nome avançava na lista, minha angústia aumentava e resolvi ligar para Sorocaba. Contei todas as minhas pendências. Que precisava saber mais ou menos quando seria chamada, pois corria o risco de não conseguir obter as passagens. Os aeroportos estavam num caos devido a crise aérea.
É claro que eles não poderiam prever exatamente quando me chamariam, mas me deram a previsão entre 10 a 15 de julho.
Arrisquei e comprei as passagens para o dia 11 de julho. Era uma quarta-feira. Com o advogado ciente, fui no dia da viagem buscar a Liminar. Era preciso que o transplante fosse realizado no final se semana para que o Plano não tivesse tempo de anulá-la.
Chegando em Sorocaba, na casa de uma amiga, onde ficaria hospedada, liguei para o BOS e avisei que já me encontrava lá. Não havia córnea disponivel, mas eu era a próxima da lista.
Quinta feira passou sem resposta nenhuma. Sexta-feira fomos passear em Porto Feliz, porém eu não conseguia parar de pensar que sábado estava chegando e nenhuma notícia de córnea. Estávamos todos nervosos e já achando que teria que arcar com todas as despesas de um transplante particular.
Voltamos para casa um pouco antes das 5 da tarde. Quando abrimos a porta, o telefone estava tocando.
Era do BOS!
Havia uma córnea para mim e a cirurgia seria no sábado às 15 horas. Eu tinha 15 minutos para ir até o HOS (Hospital de Olhos de Sorocaba) para dar entrada na papelada.
Voamos para lá. Como era fim de expediente e da semana, a autorização do Plano só chegaria no sábado. Eu deveria, no dia seguinte, fazer jejum a partir das 9 horas e estar no hospital às 13 horas.
De repente toda a angústia, ansiedade e o medo desapareceram.
Fiquei em paz.

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